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Diversão

Conveniência vira bar da moda e contrata segurança pra ninguém fazer xixi na rua

Anny Malagolini | 26/12/2013 06:03
A conveniência fica na rua Euclides da Cunha, 499.(Foto: Marcos Ermínio)
A conveniência fica na rua Euclides da Cunha, 499.(Foto: Marcos Ermínio)

Achar uma vaga para estacionar agora é tarefa quase impossível, porque a conveniência ganhou o status de bar da moda neste Verão. Com mesas pela calçada, a céu aberto, como o campo-grandense gosta, o “Bulicho” da rua Euclides da Cunha é hoje um dos lugares mais concorridos da cidade.

A proprietária, Ignez Charbel Stephanini, decidiu assumir o ponto no ano passado, já que o imóvel pertence à família. Antes era alugado, mas a empresária resolveu dar continuidade ao mesmo comércio que já existia. No local, funcionava uma conveniência, mas a antiga direção não permitia que se consumissem as bebidas ali.

Ignez conta que a ideia era fazer o sistema de vendas “compre e leve”, mas aos poucos, a conveniência foi ganhando cara de bar e em maio já registrava lotação máxima, lembra. “O ponto é bom, despojado, descontraído e nada formal”.

O “Bulicho” funciona de segunda a quinta-feira, das 9 às 23 horas, e de sexta a domingo o horário de fechamento se estende até a meia-noite.

A atendente de caixa Sandy Haissa, de 22 anos, frequenta o bar há seis meses. Na semana passada, pela primeira vez, levou a amiga, Mara Rocha, de 44 anos. Sandy conta que mora perto e escolheu o local como ponto para o happy hour com os amigos. “Venho aqui por ser tranquilo, as pessoas são do bem”, explica.

Na mesa, o arguile é permitido, já que o espaço é a céu aberto. O bar está em uma das ruas mais caras da Capital, mas o preço das bebidas não acompanha o movimento de outros na região. Uma cerveja em lata, de marca popular, custa R$ 3,00.

Para o universitário Estevão Teodoro, de 21 anos, a conveniência se tornou o “point” da moçada pelo preço da cerveja, e, principalmente, pela liberdade. “Não tem garçom, cada um vai lá e compra e tudo sem muvuca, sem problema”, justifica.

Barulho - Mas a transformação da simples conveniência para o barzinho da moda também tem suas desvantagens. Ignez tem enfrentado reclamações de vizinhos, importunados pelo som alto e pela sujeira que fica pelas ruas depois que o bar fecha.

“Para evitar, agora eu limpo até a rua”, garante a empresaria. Apesar de pedir para não ser identificada, uma das vizinhas diz que entre as principais chiadeiras dos moradores está cheiro forte da urina, de gente que bebe demais e resolve o aperto ali mesmo, no meio fio.

Ignez admite que na época dos banheiros químicos isso acontecia, mas assegura que também já tomou providências. “Com o aumento de público e com as reclamações, construí banheiros” e complementa “Eu até coloquei um segurança para não deixar os clientes irem urinar na frente das casas”.

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