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Diversão

Em Noite Paraguaia, a jovem que se orgulha da sua origem e ignora o preconceito

Giuli, de 13 anos, faz parte do grupo de dança típicas, que animou a festa de regaste e celebração da cultura do Paraguai

Eduardo Fregatto | 14/08/2017 06:30
Giuli representa o espírito da Noite Paraguaia, que é sobre orgulho e celebração de sua origem. (Fotos: Eduardo Fregatto)
Giuli representa o espírito da Noite Paraguaia, que é sobre orgulho e celebração de sua origem. (Fotos: Eduardo Fregatto)

Na noite de sábado, a Associação Colônia Paraguaia se orgulhou em apresentar suas comidas, danças e músicas típicas, na Noite Paraguaia. O evento é o terceiro deste ano, em que os associados se reúnem e fazem uma festa de resgate e celebração de sua cultura.

O Lado B foi conferir um pouquinho e se surpreendeu com o orgulho encontrado até mesmo entre os mais jovens. A estudante Giuli Micchelli, de 13 anos, conta que chega a sofrer discriminação na escola onde estuda, mas jamais abandona seu posto como dançarina da música Paraguaia.

As crianças apresentaram 15 minutos de dança típica.
As crianças apresentaram 15 minutos de dança típica.
A banda animou o povo, que dançou no salão.
A banda animou o povo, que dançou no salão.

"Dão risada, me chamam de beterraba", relata, por conta de seu longo vestido paraguaio, na cor roxa e costurado com técnica tradicional do País. "Eu estou representando a cultura do meu avô, desde pequena", emenda, orgulhosa.

Ela e mais cinco crianças formam o grupo de dança jovem, que já foram atração em Cuiabá e até em Assunção, no Paraguai. "O pessoal adora, chamam atenção por onde passam", diz a diretora social da Associação, Eliana Maria Andrade, 60 anos.

O grupo existe há 5 anos. Além de Giuli, participam os filhos da estudante Marcela Yamanaka, de 36 anos. São os trigêmeos de 12 anos, Felipe, Aline e Gisele. Eles nasceram no Japão, e se dividem entre atividades da Colônica Japonesa e Paraguaia, de Campo Grande.

O casal João e Alice não são descendentes de paraguaios, mas adoram a cultura.
O casal João e Alice não são descendentes de paraguaios, mas adoram a cultura.
Maria Helena, de 77 anos, segura o kaburé, que aprendeu a fazer com sua mãe.
Maria Helena, de 77 anos, segura o kaburé, que aprendeu a fazer com sua mãe.

"Nós não somos descendentes de paraguaios", diz Marcela. Mas por amizade com Eliana, o trio acabou se interessando e aprendendo a dança típica paraguaia, e agora faz parte do grupo.

O presidente da Associação, Albino Romero, relata que é muito comum os campo-grandenses se integrarem na Colônia Paraguaia, por gostar da cultura do país vizinho. "Temos muitos apreciadores", comemora. "Fazemos essa noite para resgatar nossa cultura, que estava um pouco morta aqui em Campo Grande".

O evento atraiu cerca de 600 pessoas.
O evento atraiu cerca de 600 pessoas.

Albino relata que cerca de 600 pessoas prestigiaram a noite e caravanas de outras cidades vieram para a festa, que teve a banda Celestiales na animação, além da apresentação de dança do grupo jovem.

Além disso, as comidas típicas, como sopa paraguaia, chipa, bori-bori, kaburé e outros.

O casal João Bezarra, de 47 anos, e Alice Barbosa, de 39, são alguns dos apreciadores, que prestigiam a festa mesmo sem descendência paraguaia. "A gente só dança esse tipo de música", explica João.

Albino reitera que a Associação oferece aulas, gratuitamente, de dança típica, de idioma guarani e espanhol, violão, harpa e sanfona. Os interessados devem ir até a Associação, na Rua Ana Luiza de Souza, 610, Vila Pioneira.

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