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Diversão

Encontramos hostel com vista para o mar a R$ 16 e ondas que ultrapassam 2 metros

Lucas Arruda | 23/08/2015 07:34
Vista da janela do hostel em que fiquei em Montanhita no Equador (Foto: Lucas Arruda)
Vista da janela do hostel em que fiquei em Montanhita no Equador (Foto: Lucas Arruda)

Depois de passar por Mancora, litoral Norte do Peru, pela terceira vez atravessei uma fronteira, agora para o Equador.

Saí de Mancora quase meia-noite, havia comprado uma passagem, por R$ 65 para Guaiaquil, maior cidade do Equador, com cerca de 3,5 milhões de pessoas.

Cheguei na fronteira por volta das três da manhã. Como as outras que já havia passado, foi uma hora até todo mundo apresentar os documentos.

De volta ao ônibus, foram mais quatro horas até Guaiaquil. Desci na rodoviária às 8 horas da manhã ainda indeciso se ficaria na cidade ou se seguiria para a famosa Montanhita, cidade litorânea do país, que eu já tinha ouvido falar em Mancora.

Saquei um dinheiro, agora a moeda era dólar, e fui procurar passagem para Montanhita. Como encontrei uma companhia que faria a viagem uma hora depois resolvi seguir viagem.

A passagem custou US$ 5 (R$ 16), por um percurso que durou cerca de três horas. O mais interessante é que em boa parte da rodovia havia ciclovia.

Desci na rodovia em Montanhita, já que a pequena cidade não possui um terminal rodoviário ou garagem de empresas.

Já na descida, várias pessoas vieram oferecer hospedagens. Como achei todas caras, e para despistá-los, disse que ia me hospedar pelo Couchsurfing, o que não tinha conseguido, e fui procurar algum lugar mais barato.

A cidade é pequena, mas é cheia de bares e hospedagens (Foto: Reprodução Blog Iwantyoutoseemyjourney)
A cidade é pequena, mas é cheia de bares e hospedagens (Foto: Reprodução Blog Iwantyoutoseemyjourney)

O bom é que a cidade tem pouco mais de dez ruas - mas nem por isso poucas hospedagens. Andar bastante tempo com uma mochila grande nas costas e uma pequena na frente é muito cansativo.

À beira-mar, o preço de um hostel me chamou muito a atenção. Por apenas US$ 5 (R$ 16) teria onde dormir e seria só atravessar a rua para estar na praia. Não pensei duas vezes e entrei no hostel.

Lá, o recepcionista pediu para que eu visse o quarto primeiro, o que achei um pouco estranho. No cômodo não tinham camas, eram apenas colchões no chão, cerca de 20. Apenas alguns estavam ocupados. Mas ao ver a vista da janela e as redes que estavam na varanda não me importei nem um pouco com isso.

No hostel havia cozinha, mas como estava cansado, resolvi procurar um restaurante. Achei um que com a entrada, prato principal e um suco pagaria US$ 3,50 (R$ 11). Virou meu restaurante preferido nos três dias que fiquei na cidade.

À tarde fui para o mar. Na água e na praia, boa parte dos turistas era de surfistas. Vi logo o porquê: as ondas eram bem grandes, acho que uns dois metros.

Vi alguns banhistas sem prancha indo lá onde as ondas surgiam, quando estavam mais altas, há uns 50 metros da areia, se divertindo. Eu, no auge dos 1,65m de altura, resolvi ir também. O resultado não foi muito bom. Uma onda bem grande quebrou bem onde eu estava, me fazendo girar e bater o queixo na areia e quase perder o calção de banho. O resto da tarde fiquei no raso mesmo.

Nesta primeira noite não fiz nada, acabei dando umas voltas na praia e lendo um livro deitado na rede do hostel.
No outro dia fiquei andando pelas praias da região com alguns argentinos que estavam hospedados no mesmo hostel que eu.

Durante a noite resolvi conhecer alguns bares da cidade, que, apesar de pequena, é bastante badalada. Há barzinhos e baladas para todos os gostos e acabei ficando em um que estava tocando rock.

Terminou cedo, dei uma volta pela cidade e resolvi voltar para o hostel.

No terceiro dia pela cidade voltei para a praia das grandes ondas e resolvi mais uma vez encará-las. Dessa vez deu tudo certo, só era difícil voltar depois com o mar te puxando.

Voltei ao hostel e o pessoal que trabalhava lá me chamou para uma festa que teria mais tarde em que a entrada era US$ 5 (R$ 16) open bar de drinks (incluindo Caipirinha).

Fui procurar um lanche para comer e descobri que havia um outro bairro na cidade, um pouco mais pra frente de onde eu desci e não era em direção ao mar. Dei uma volta por lá e descobri um Choripan argentino (sanduíche típico dos hermanos) por US$ 2,50 (R$ 7,75) com um suco.

No caminho de volta ao hostel, descobri uma conveniência que vendia cerveja 600 ml por apenas US$ 1 (R$ 3,15). Peguei uma e fui tomar na areia, algo impensável em nosso País, por aqui é tudo muito caro na praia.

Voltei para o hostel e encontrei o pessoal. Seguimos para a casa noturna onde haveria a festa e ficamos por lá até perto de amanhecer.

Quando acordei me despedi mais uma vez da praia. Agora é seguir para Quito!

Montanhita é um paraíso para os surfistas, as ondas chegam a mais de dois metros (Foto: Reprodução Montanita.com)
Montanhita é um paraíso para os surfistas, as ondas chegam a mais de dois metros (Foto: Reprodução Montanita.com)
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