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Diversão

Escondido no Taveirópolis, bar para quem ouve metal serve petisco de graça

Anny Malagolini | 01/04/2014 06:35
Sérgio, servindo cerveja aos amigos que frequentam o bar (Foto: Marcos Ermínio)
Sérgio, servindo cerveja aos amigos que frequentam o bar (Foto: Marcos Ermínio)

Quem passa pelo número 222, da avenida Albert Sabin, no bairro Taveirópolis, não percebe que no prédio escuro existe um bar. "A iluminação queimou," avisa Sérgio Rotela, um dos proprietários. Mas isso pouco importa, porque o lugar foi criado para ser o “Black Bar” e tocar metal.

Sem decoração ou frescura, como prega o estilo underground, as portas foram abertas há 3 semanas, mas por enquanto, a música é apenas mecânica. A ideia é adequar o  espaço para começar a receber bandas.

Hard core, black, heavy e até rockabilly são os estilos tocados preferencialmente. Do outro lado da rua há uma igreja e para evitar qualquer problema com o vizinho, antes de colocar acionar o som, houve uma conversa. “Fomos até lá e o pastor nos recebeu super bem. É uma ambiente pacífico”, comenta Sérgio.

Em um site de negócios imobiliários, o marceneiro Orleans Vinícius, de 24 anos, encontrou o espaço para alugar e com a ajuda do amigo Sérgio, de 32, que é operador de TV, resolveu fazer dali um bar para “abrigar”  a resistência underderground.

Tudo é tão na base da camaradagem que, todo dia tem bife na chapa, de graça, feito pelos proprietários. A cerveja também é barata, custa R$ 6,00, o litro.

Sérgio conta que desde que encontraram o espaço, até a abertura oficial, o processo foi rápido. Por isso, os dois não pensaram muito no que pretendem fazer depois do “ponta pé inicial”. Querem só encontrar os amigos, ouvir um som ou jogar sinuca.

Ele lembra que o cunhado tinha um bar do mesmo estilo, o Holandês Voador, que funcionava na avenida Manoel da Costa Lima, um dos últimos redutos do underground extremo na cidade. Então, cadeiras, mesas, freezer e até a mesa de sinuca, foram emprestados.

Sérgio acredita que os integrantes da cena na cidade são muito unidos, e mais: fiéis. Então, a localização na periferia pouco importa. Com a falta de bares, as reuniões eram em centros comunitários de diversos bairros da Capital. “Pra esse público, a localização não é problema, quem gosta var se encontrar com os amigos e ouvir música em qualquer lugar”.

A estudante Aline da Mata, de 23 anos, confirma. “Não importa o endereço, nem o luxo, a gente quer ter um lugar barato pra beber e poder escutar a nossa música com os amigos reunidos.”

O bar funciona todos os dias, a partir das 19 horas, e para sustentar a administração, os amigos se revezam para cuidar do local.

Black bar (Foto: Marcos Ermínio)
Black bar (Foto: Marcos Ermínio)
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