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Diversão

Festival América do Sul faz Corumbá respirar arte e exalar cultura

Elverson Cardozo | 29/04/2012 10:33
Bailarinas do projeto Moinho Cultural encantaram o público. (Foto: João Garrigó)
Bailarinas do projeto Moinho Cultural encantaram o público. (Foto: João Garrigó)

De nomes conhecidos a artistas anônimos a "Cidade Branca", como Corumbá é conhecida, reúne, desde quinta-feira, um pouco da arte e da cultura do continente sul-americano, nos palcos e tendas do 7º Festival América do Sul, à beira do Rio Paraguai e do Pantanal. Música, teatro, dança, artes plásticas, cinema, literatura e artesanato. Está tudo em um só lugar, à disposição dos visitantes, que amanhã poderão se despedir ao som de Milton Nascimento.

A empresária Viviane Vicuna Azevedo Cartens, de 32 anos, levou o casal de filhos para assistir uma apresentação de palhaços. Na Praça da Independência, a boa e velha gargalhada rolava solta. Mateus Cartens, o filho mais velho, de 10 anos, até já se acostumou a dar entrevistas. Diz que frequenta o festival desde os 2 anos e gosta dos teatros infantis.

A irmã, Mariana Cartens, de 9 anos, conta que a apresentação dos palhaços foi especial e faz questão de dizer que não perde um evento. A mãe confirma a paixão da garota.

Estimativa é de que pelo menos 7 mil pessoas tenham passado pelo local neste sábado (Foto: João Garrigó)
Estimativa é de que pelo menos 7 mil pessoas tenham passado pelo local neste sábado (Foto: João Garrigó)

Viviane diz que “larga tudo” para levar as crianças ao festival. Na época do evento, sai até mais cedo do serviço. Os filhos, declara, precisam desde cedo ter contato com a arte, já que “Corumbá está longe das referências artísticas”.

Segundo a empresária, um dos objetivos de levar Mariana e Mateus para ver apresentação de palhaços, é porque a arte dos circos se perdeu com o tempo.

“A gente relaciona o circo com animais. A gente tem que relacionar como lado artístico do ser humano”, afirma.

Dança - No Palco Pantanal, jovens bailarinos que integram o projeto Moinho Cultural, do Instituto Homem Pantaneiro, deram um show e emocionaram a platéia. Na ponta dos pés, eles interpretaram trecho do espetáculo “Moinho In Concertlo Luna” – um paralelo entre as fases da lua e as da vida.

Bailarinas apresentando trecho do espetáculo Luna. (Foto: João Garrigó)
Bailarinas apresentando trecho do espetáculo Luna. (Foto: João Garrigó)

Toda a performance, que também arborda o embate entre o bem o mal - foi acompanhada de um coral e a orquestra da própria instituição. Luana Peixoto, de 31 anos, é uma das professoras de dança.

A bailarina veio do Rio Grande do Sul (RS) e disse que ficou encantada com a iniciativa. Não imaginava que Corumbá “tivesse um projeto desse nível”. O mais importante, relata, é promover o desenvolvimento cultural de jovens que estavam em situação de vulnerabilidade social.

Atrações – Na Praça Generoso Ponce é possível encontrar de tudo um pouco. Arte é o que não falta. Tem a “rede do Pantanal”, feita com cipó, sisal e palha; réplicas do casario do porto e artesanato de comunidades indígenas do Paraguai, por exemplo.

O campo-grandense Jorge de Barros, de 48 anos, levou os fantoches que produz. A proposta, explica, é o brinquedo como opção pedagógica. “Mostrar o teatro com a proposta de educação”, afirma.

Há os tradicionais e os fantoches articulados. O valor médio de venda fica entre R$ 15,00 e 70,00.

No Pavilhão dos países, exposições do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

Garoto segura fantoche de artista campo-grandensse. (Foto: João Garrigó)
Garoto segura fantoche de artista campo-grandensse. (Foto: João Garrigó)
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