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Diversão

Festival começa com novas opções de sobá: camarão e vegetariano

Nicholas Vasconcelos | 09/08/2012 21:35

Sobá de camarão é uma das novidades do 7° Festival da Feira Central. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Sobá de camarão é uma das novidades do 7° Festival da Feira Central. (Foto: Rodrigo Pazinato)

A sétima edição do Festival do Sobá começou com novidades que prometem renovar a tradição do prato que é patrimônio de Campo Grande. Além dos sabores tradicionais de carne bovina e suína, a festa tem as novidades dos sabores camarão e vegetariano, lançados nesta quinta-feira (9).

Aos 61 anos, a feirante Anésia Okumoto inventou uma variação rápida e prática para o tradicional prato mais que típico de Campo Grande. Ela trocou a carne pelo camarão empanado, que conquista o paladar de quem mora tão distante das praias brasileiras. “Foi resolvido na última hora, precisava de uma opção rápida e prática”, conta a simpática descendente de japonesas que trabalha desde os 15 anos com o sobá.

Também é novidade a versão vegetariana, pensada para aqueles que deixavam de comer o prato por falta de opção. No lugar da carne, seleta de legumes, macarrão à base de agrião e couve. A diferença também fica no caldo: na versão tradicional, ele é feito com caldo de carne, o que espantava alguns clientes, e na nova versão o caldo é feito com vegetais.

“Para atender aos amigos, resolvi experimentar essa versão e se o cliente quiser, pode acrescentar o vegetal de preferência”, conta a feirante Doralice Fernandes, 51 anos, e que há cinco meses começou a trabalhar com refeição em feiras. Quem quiser, pode acrescentar beterraba ralada e conseguir um lindo contraste de cor e um novo sabor.

“O festival já virou tradição no mês de aniversário de Campo Grande, que atrai turistas e movimenta a feira. Valoriza o nosso patrimônio.”, comenta o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB). Ele participou da cerimônia com o saquê, símbolo de prosperidade. O festival faz parte das comemorações dos 113 anos da Capital, comemorados no próximo dia 26.

Prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) participou de cerimônia com saquê, que promete prosperidade. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) participou de cerimônia com saquê, que promete prosperidade. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Versão vegetariana promete ser uma das sensações do Festival do Sobá como opção para quem não come carne. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Versão vegetariana promete ser uma das sensações do Festival do Sobá como opção para quem não come carne. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Segundo a presidente da Afecetur (Associação da Feira Central e Turística), Alvira Appel, 70 mil pessoas são esperadas para os quatro dias do festival, que marca a superação e o preparo da dos feirantes.

O sobá foi o primeiro bem imaterial reconhecido oficialmente como patrimônio de Campo Grande. Original da ilha de Okinawa, no Sul do Japão, o prato foi adaptado pelos imigrantes que vieram para Mato Grosso do Sul no início do século passado e se tornou símbolo da cidade.

“O reconhecimento de patrimônio imaterial valorizou a contribuição da cultura oriental para Campo Grande e esse prato que simboliza a união das culturas”, explicou o presidente da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), Américo Calheiros.

As amigas Isabela Palmeira, 23 anos, e Carolina Sato, 28 anos, são o símbolo dessa união que encontrou na Capital sul-mato-grossense o ponto ideal entre o Brasil e o Japão. “Sempre que nos encontramos pra comer sobá é aqui na feira, desde o antigo endereço”, conta Carolina. Isabela e Carolina experimentaram o sobá de camarão e garantem: a novidade agrada.

A feira central funcionou até 2004 na rua Abrão Júlio Rahe, quando foi transferida para a Esplanada Ferroviária na rua 14 de julho. Na época, a mudança causou receio, mas comer sobá e ir a feira continuou no gosto do campo-grandense.

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