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Diversão

Grupo do Facebook é alternativa para pedir carona no Carnaval

Thailla Torres | 25/02/2017 07:15
Katienka oferece carona nas redes sociais há 3 anos. (Foto: Alcides Neto)
Katienka oferece carona nas redes sociais há 3 anos. (Foto: Alcides Neto)

Pelo Facebook, ficou mais fácil viajar pelo interior do Estado pagando menos e ainda fazendo amizades. É assim que os "caroneiros" de plantão definem as viagens negociadas pela internet. Com a chegada do Carnaval, descolar uma carona pelas redes sociais pode ser muito melhor do que enfrentar horas de ônibus e pagar o dobro na passagem.

Algumas até são chamadas de carona solidária, mas nenhuma viagem é gratuita. O que compensa é o preço que varia de acordo com o destino. Dependendo do trecho, algumas viagens na base da carona custam metade do valor da ida de ônibus ou van.

Aqui em Mato Grosso do Sul encontramos pelo menos cinco grupos do Facebook destinados a esse tipo de carona. Em todos eles, os membros costumam publicar os destinos e o preço a ser cobrado.

Para que ninguém seja ganancioso, na descrição há sempre o pedido por um preço justo. Um deles, por exemplo, liga Campo Grande à Bonito, destino cobiçadíssimo nesse Carnaval, e já tem 13 mil membros. As caronas surgem diariamente de pessoas que também saem de Três Lagoas, Dourados, Corumbá e Sidrolândia.

As vantagens são a economia de dinheiro e tempo, já que o percurso é feito mais rápido de carro. Uma passagem de ônibus, por exemplo, até Bonito custa R$ 67,00 e no grupo, as caronas são ofertadas de R$ 25,00 a R$ 40,00. O preço é definido por meio de rateio, se o carro estiver cheio, o preço sempre diminui.

A recepcionista Tatiane Pereira, de 25 anos, entrou na página de caronas há 5 meses. Hoje lucra com as viagens, mas conta que por muito tempo conseguiu economizar conseguindo caronas até Três Lagoas. “Facilitou muito a minha vida, eu pagava um preço mais em conta e o tempo é mais curto”, diz.

Hoje ela consegue passageiros diferentes a cada 15 dias e conta que nunca teve problemas. Quanto aos receios de aceitar ou colocar um estranho dentro do carro, ela explica que é necessário ser criteriosa. “Primeira coisa que escolho são as meninas. Depois olho no Facebook, vejo as amizades e o tipo de postagem que a pessoa faz. Procuro sempre fazer umas perguntas e se eu vejo que a pessoa compartilha coisas muito agressivas eu evito”, conta.

Apesar do receio, ela diz que nunca chegou a revistar alguém e tudo é feito na base da confiança. “Sempre peço para não levar muita coisa e quando entra no carro, a bagagem vai direto para o porta-malas”, explica.

Já Katienka Klain, 34, nunca viajou de carona, mas oferece nas redes sociais há 3 anos. No trajeto, além de economizar, descreve que é uma maneira de ajudar as pessoas. “Os preços hoje em dia são muito abusivos para quem viaja de ônibus muitos que vão de Campo Grande a Bonito são estudantes, nem todo mundo tem condições, já levei idoso, casais e muitos universitários”, conta.

O bacana é que além da economia, muita gente aventureira acaba fazendo amigos pelo caminho. É o caso do músico João Maria Flores, de 20 anos, que mora em Corumbá. Toda vez que precisa viajar, não abre mão de oferecer caronas. “Sempre publico no grupo e em uma dessas viagens já fiz amizades com pessoas muito legais, principalmente da minha cidade e acabamos nos encontrando depois. Vale muito a pena”.

No entanto é preciso cuidados. O grupo não sugere que ninguém reviste o passageiro, mas fique atento a horários e locais de encontro. Antes de topar a carona, procure saber onde a pessoa mora, se tem amigos em comum e qual será o destino. No momento de encontrar o passageiro, dê preferência a locais movimentados e sempre, procure manter um preço justo.

Quem quiser participar dos grupos, clique nos links: Carona Bonito, Carona Corumbá e Caronas MS.

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