Músicos economizam cachê para bancar festival de blues com nomes dos EUA
A vontade de ouvir blues garantiu a amizade entre os músicos Jefferson Rosa Pasa, 28 anos, Douglas Mochinski, 25 anos, Robson Rodrigues e Marcus Paulo, 30 anos que cansados da mesmice musical de Campo Grande, resolveram criar o próprio festival do estilo.
Eles reclamam que longe do eixo Rio/São Paulo, que sempre recebe grandes shows, a opção de quem vive em Mato Grosso do Sul é arrumar as malas e viajar para ouvir bom som.
Pensando em privilegiar aqueles que não têm condição de sair daqui, os amigos decidiram apostar em um sonho pessoal, de forma independente, contando apenas com a sorte e, claro, apoio do público “bluseiro”.
Como não tinham como pagar cachê aos músicos e sabem da dificuldade de patrocínio, os amigos que também tocam na noite da cidade decidiram economizar os pagamentos pelas apresentações, integralmente, para viabilizar o evento.
De cara, o festival vai começar com atrações dos Estados Unidos. De Chicago, o pianista e cantor norte-americano Donny Nichilo é um dos convidados. De Memphis, a atração é o músico Guy King. São dois dos principais nomes do blues contemporâneo que vão dividir o palco com o guitarrista brasileiro Décio Caetano, que completa o festival junto de bandas regionais.
O arquiteto Jefferson Pasa, de 28 anos, conta que a ideia dos amigos é audaciosa, promover ao menos uma vez por mês o festival. “A intenção maior é que aconteça música de qualidade em nossa cidade, buscando integração com outros estados”.
A primeira edição será esta semana, no dia 16 de fevereiro, próximo sábado, no reduto do rock e do blues em Campo Grande, o Bar Fly.
Os ingressos são bem baratos, R$15,00, vendidos na Casa do Chef (Rua Euclides da Cunha, 360) e Augusta Life Store (Rua 15 de Novembro,214).
