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Diversão

Na festa da "banana", Gil, Caetano e até samba ocupam a pista do eletrônico

Adriano Fernandes | 21/12/2015 06:45
Nos sets, ao invés do eletrônico, Bololo tem do Gilberto Gil ao Caetano Veloso.
Nos sets, ao invés do eletrônico, Bololo tem do Gilberto Gil ao Caetano Veloso.

Nos sets dos Djs, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico César e até É o Tchan. Tem também espaço para Banda Eva e Martinho da Vila, tudo para remeter ao que a música nacional teve de mais original, nas décadas de 80 e 90. O resultado é uma noite de samba no pé, a dois, na pista onde antes só se ouvia eletrônico.

A Bololo é um evento colaborativo realizado na Feat Club, criado por um grupo de amigos que, cansados da mesmice musical da cidade, decidiram apostar num outro tipo de balada.

“A gente quis criar um evento com o estilo musical que sempre gostamos e que até então não tinha na cidade. Ser a diferença que a gente quer para a Campo Grande. Que remetesse mesmo ao tropicalismo, ao samba de raiz, tudo que de melhor a música brasileira teve, mas vive esquecido”, conta Aruan Barcelos, um dos organizadores do evento.

Realizada sempre as quintas-feiras, em frente a casa noturna Feat. Club, a última edição da festa aconteceu na noite de do dia 19 e se estendeu também para a pista da boate. O tema foi a banana, para deixar clara a proposta dos organizadores.

o Bololo começou primeiro fora da casa noturna e agora ocupa também a pista onde só tocava eletrônico.
o Bololo começou primeiro fora da casa noturna e agora ocupa também a pista onde só tocava eletrônico.

“É a fruta mais brasileira do nosso País. Numa festa onde o que a gente quer é sensibilizar as pessoas por gostarem do que a nossa música teve de mais original, a banana simboliza isso: nossa fruta mais brasileira e que todo mundo gosta” brincou o Dj.

E para provar que a pegada do role é bem abrasileirada, rola Araketu, Daniela Mercury e até Olodum. Durante as marchinhas no sábado, teve confetes e serpentina na pista e até bateria de escola de samba. Tudo para galera já ir entrando no clima do carnaval.

Do lado de fora, na varanda do casarão histórico que serve de extensão para festa, dava até para saborear um hambúrguer caseiro, feito na hora. Diferenciais que chamam a atenção pela proposta fora do convencional das outras baladas.

“As outras edições aconteceram as quintas-feiras, dia que não tem muita opção de festas. E com um som que a gente também não encontra em outro lugar da cidade”, elogia o ator Geraldo Saldanha.

Valia até pintar o rosto com muitas cores na balada.
Valia até pintar o rosto com muitas cores na balada.

Para a estudante Maria Luiza Coelho, a variedade de sons enriquece o cenário musical da cidade, mas o estilo ainda carece de público.

“Ouvi canções de artistas que sempre influenciaram minha formação cultural. Gil, Caetano, artistas que representaram uma época com suas músicas, mas que o campo-grandense desconhece devido as nossas raízes sertanejas”, comenta.

Os organizadores explicam que o momento é de formação de um novo público. “São comuns festas como a nossa em cidades como São Paulo ou Rio de Janeiro. Mas em Campo Grande é uma ideia pioneira, que a maioria das pessoas não esta acostumada”, diz o estudante João Gabriel.

Ele e outros cinco amigos compõem o Coletivo Capivara de onde nasceu a ideia de organizar um evento que aliasse gastronomia e música alternativas na balada.

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