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Diversão

No 3º show em 1 ano, Havaianos já têm ligação afetiva com Campo Grande

Ângela Kempfer | 07/11/2011 17:32
Tonzão e tudo o que o funk rendeu, como o cordão de outro.
Tonzão e tudo o que o funk rendeu, como o cordão de outro.

Pela 3ª vez neste ano os Havaianos fazem show em Campo Grande e o motivo é quase afetivo. Apesar do ritmo não ser dos mais difundidos por estas bandas - o funk, o dançarino e cantor Tonzão, por exemplo, já comprou até um imóvel no bairro Guanandi e monta uma loja de roupas, prestes a ser inaugurada no Shopping Norte Sul.

“Vivo aqui porque sempre fomos muito bem recebidos. Acho tudo maravilhoso. Durante o show, vamos lançar até um grupo de funk daqui com o meu irmão, que já se mudou para a cidade”, justifica.

A apresentação será no dia 10, no Guanandizão, com os ingressos do segundo lote quase 100% vendidos. Para fechar o ano, eles vão gravar parte do DVD na Capital. “Só vamos ter cenas daqui, do Rio, de São Paulo e de show nos Estados Unidos”.

Tonzão chegou antes para resolver questões pessoais e conversou com o Lado B sobre o ano particularmente especial.

Com o sucesso João Sorrisão na boca do povo e dos jogadores do Brasil e do exterior, os meninos firmaram de vez o pé no sucesso. Tonzão não quantifica os louros de 2010, mas dá pistas de quanto dinheiro entrou no caixa dos Havaianos.

“Vemos que o ano foi muito bom porque compramos casa própria e automóvel. Sempre vivemos no sucesso crescente, mas este ano foi demais”, conta.

Assédio em show dos Havaianos, principalmente do público infantil. (Foto: Furacão 2000)
Assédio em show dos Havaianos, principalmente do público infantil. (Foto: Furacão 2000)

De bermuda jeans, chapéu e um crucifixo de ouro de dar dor na coluna (só de pensar no peso) o músico diz que gosta de exibir o que conquistou porque hoje é referência para a comunidade onde cresceu no Rio de Janeiro, a Cidade de Deus.

“Quando eu era pequeno via aqueles caras que viviam do crime com cordão de ouro e motão. Pensava que eu queria ter tudo aquilo, mas sem precisar entrar para a criminalidade. Eu consegui e acho que é bom mostrar para os meninos que é possível ser grande, sem precisar ser bandido”, explica.

Apesar do tom engajado, Tonzão não gosta de falar sobre violência nos morros cariocas, lembra que a Cidade de Deus já foi pacificada e hoje ele e a família vivem “em outra dimensão”.

O rapaz de 24 anos está no grupo desde a formação, há 8 anos. "Desde então nunca mais tivemos um fim de semana sem trabalho. Nada mais de festinha de família", brinca.

De lá para cá os Havaianos já rodaram o Brasil e alguns outros países, mas a maior vitória, avalia Tonzão, foi nacional. “É que o funk que a gente faz antes ficava só nas comunidades, agora todo mundo canta, independente da classe social”.

Na onda dos Havaianos, na semana que passou os roqueiros do Restart gravaram uma canção com os meninos do funk e Cláudia Leite começa a trabalhar outra música com a participação deles.

Outras provas de que o funk dos Havaianos já é de domínio geral aparecem na rotina dos integrantes do grupo.

Dia desses, durante show da cantora sertaneja Amanda, em Campo Grande, Tonzão tentou chegar para uma participação ao vivo em programa de TV, mas foi impossível, lembra um dos empresários responsáveis pela apresentação do dia 10, Adilson Santério. “A Polícia pediu para que ele voltasse para o carro porque foi um tumulto geral” .

Outra tentativa foi feita no Shopping Norte e Sul e novamente a surpresa sobre a popularidade de Tonzão foi grande. “Ele saiu de lá com 6 presentes”, comenta o amigo e empresário Gilmar.

Na quinta-feira, antes do show, todo o grupo vai se encontrar para uma visita especial antes de seguir para o Guanandizão.

Os Havaianos vão realizar o sonho do menino Marcos na AACC (Associação de Apoio as Crianças com Câncer). Aos 10 anos, ele é fã do grupo e esquece do câncer para cantar o hit “João Sorrisão”. “É uma responsabilidade ter um amor desses, mas também é uma alegria que a gente sempre tenta retribuir”, diz Tonzão.

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