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Diversão

Nos pés de amora da Afonso Pena, o povo volta à infância e sai com pote cheio

Naiane Mesquita | 15/09/2016 06:10
Todo mundo volta a infância quando encontra o pé carregado  (Foto: Fernando Antunes)
Todo mundo volta a infância quando encontra o pé carregado (Foto: Fernando Antunes)

Algumas ficam muito no alto, é preciso ficar na ponta dos pés ou pedir para o amigo maior alcançar. Quando nada disso dá certo, o jeito é invejar os quatis, que conseguem subir com facilidade os quatro pés de amora da avenida Afonso Pena. Sim, no cartão postal da cidade, onde milhares de pessoas passam todos os dias, na rotatória de entrada do Parque dos Poderes em frente ao Cigcoe há frutinhas suficientes para abastecer um batalhão.

A colheita de Suzy foi ótima no período da manhã (Foto: Suzy Gonçalves)
A colheita de Suzy foi ótima no período da manhã (Foto: Suzy Gonçalves)
Junior Cesar é estudante de gastronomia e vai usar as frutas em sobremesas (Foto: Fernando Antunes)
Junior Cesar é estudante de gastronomia e vai usar as frutas em sobremesas (Foto: Fernando Antunes)

De manhãzinha, no intervalo do almoço e ao por do sol são os horários favoritos de quem conhece o caminho das amoras. “Eu vinha aqui com meu pai quando era criança, devia ter 10, 9 anos. A gente acordava cedo, às 6 horas da manhã para vir catar amora. É uma lembrança boa”, diz o estudante Leonardo Godoy, 20 anos.

Ele e os amigos, todos cursando Gastronomia, decidiram ir até a rotatória para catar as frutinhas e usar em doces mais tarde. “Eles passaram aqui de ônibus e viram que tinha o pé e o pessoal catando. Estava bem carregado, mas além das pessoas tem os quatis para dividir as amoras. Vamos dividir o que conseguimos e usar para fazer doces”, explica Junior Cesar Jung, 23 anos.

A alegria era tão grande de ver um pé tão cheio de amora em plena Afonso Pena que ele ligou para o marido trazer os dois filhos do casal, de 8 e 9 anos de idade. “Eles vão achar diferente, não tem esse costume. Eu acho que isso é incrível. Deveria ter mais árvores frutíferas na cidade, não só para a gente, mas para os animais, as aves, os quatis. É mais útil que algo só para a sombra”, acredita Junior.

Leonardo Godoy conhece o pé desde criança  (Foto: Fernando Antunes)
Leonardo Godoy conhece o pé desde criança (Foto: Fernando Antunes)
Dá até para tentar fazer amizade com os quatis  (Foto: Fernando Antunes)
Dá até para tentar fazer amizade com os quatis (Foto: Fernando Antunes)

Uma das primeiras a experimentar a amora da rotatória, a funcionária pública Suzylaine Pereira da Silva, de 28 anos, fez fotos de potes cheios. “Essa é segunda vez que eu paro. No período da manhã é quando tem mais fluxo e também às 15 horas. Agora não deve ter mais tanta amora, mas o pé estava carregado. Os quatis adoraram também. Com a primavera próxima, tudo isso fica ainda mais bonito”, diz.

Leonardo conta que o caminho das amoras é maior ainda no Parque dos Poderes. “Começa desde a Mato Grosso, ali perto do Novotel. Eu ia naquela região também. Não sei como está agora”, indica.

Agora é só escolher um e a diversão está garantida!

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As amores mais roxas são as mais doces  (Foto: Fernando Antunes)
As amores mais roxas são as mais doces (Foto: Fernando Antunes)
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