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Diversão

O nome é Top Samba, mas eles tocam pagode e comemoram 6 anos com show

Elverson Cardozo | 05/09/2012 14:52
Capa do primeiro CD do Top Samba, lançado no mês passado. O próximo passo é a produção de um DVD. (Foto: Divulgação)
Capa do primeiro CD do Top Samba, lançado no mês passado. O próximo passo é a produção de um DVD. (Foto: Divulgação)

O grupo foi batizado de “Top Samba”, apesar de só tocar pagode. O paradoxo, acredite, não termina aqui. O vocalista, porta-voz do grupo, Vinicius Barreto, de 21 anos, - filho de Vandir Nunes, integrante do grupo Acaba - se amarra mesmo é no pop e se declara fã de cantores como Nando Reis, Charlie Brown Jr. e a inesquecível Cássia Eller.

Mas mudar de caminho e seguir o gosto musical não está nos planos. "Tudo o que eu já conquistei pelo Top Samba, com o Top Samba, acho que seria burrice eu sair. É muito difícil conquistar o que já conquistamos. É pegar um som e jogar fora", justifica o vocalista, acrescentando que mesmo sem ser um "pagodeiro nato" ou um sambista, aprendeu a gostar e respeitar o estilo que rendeu bons frutos até agora.

“Eu gosto de pop. Não sou um pagodeiro, você não vai me ver nunca tocar um samba. Mas é uma coisa que deu certo, temos um público legal na cidade, um nome legal. Hoje eu peguei gosto, mas eu não sou pagodeiro”, enfatiza.

O início do grupo, em 2006, foi pouco pretensioso. A ideia era entrar "na moda", se divertir, impressionar e ganhar fama com as "menininhas" da escola. Da formação original, que tinha 9 integrantes - todos adolescentes, estudantes do Colégio Dom Bosco, sobraram apenas dois.

Além do vocalista, integram o Top Samba Rafael Rolim, Diogo Santiago e Lucas Bastos. O único que se dedica integralmente à carreira é Vinicius, que "vive para o grupo" e tem o aval dos companheiros, que são mais "pé no chão", como ele mesmo descreve.

Para o vocalista, a originalidade e a inovação são os ingredientes que fez o Top Samba ter uma boa aceitação entre os campo-grandenses. O diferencial, avaliou, são as músicas autorais que geralmente falam de balada, romance ou retratam situações do cotidiano.

Algumas já caíram na boca do povo, como "Só pra mim", lançada em 2007, "Alô Gatinha", de 2008 e "Agachadinho" e "Princesa do Pagode", hits que começaram a fazer sucesso no ano passado, com divulgação na internet.

Apesar das letras, o Top Samba, não é um grupo romântico, explicou o vocalista. “A gente não gosta de tomar música romântica porque no show esfria. Tentamos fazer de nossas músicas uma coisa animada", disse.

A mescla de estilos é uma das marcas registradas. “No palco é pagode, mas mistura muito. Toca pagode, sertanejo, eletrônico, faz tudo”.

"Não adianta criar um grupo de pagode para ser mais um. Mais um tem um monte no Brasil", diz Vinicius Barreto, vocalista do Top Samba.
"Não adianta criar um grupo de pagode para ser mais um. Mais um tem um monte no Brasil", diz Vinicius Barreto, vocalista do Top Samba.

Primeiro CD - Gravado no Rio de Janeiro, o primeiro CD profissional do Top Samba foi lançado no mês passado e contou com a participação do grupo Molejo e Tchakabum.

A produção, que traz 15 faixas, a maioria de composições autorais, foi bancada com recursos próprios. O próximo passo é lançar um DVD.

Para Vinicius, um sonho que está sendo realizado. "Eu vejo isso como minha profissão, larguei de estudar, larguei de trabalhar para isso, então eu tenho que ser um bom profissional. Não adianta criar um grupo de pagode para ser mais um. Mais um tem um monte no Brasil. Não vou conseguir nada e vou morrer de fome", comenta o vocalista, ao contar parte da trajetória do grupo.

Apesar de ser um pagodeiro “não pagodeiro”, ele garante que a animação no palco é verdadeira e que o empenho ao grupo não é estratégia comercial. É uma coisa que deu certo, temos um publico legal na cidade, um nome legal. Hoje eu peguei gosto, mas eu não sou pagodeiro”, enfatizou.

O gosto pelo pop é tão grande que o vocalista, que mantém um projeto paralelo dedicado ao gênero, já se viu em situações desconcertantes.

“Pô, uma vez eu passei uma vergonha. Como o nome do grupo é Top Samba, todo mundo acha que toca samba, né? Mas não é. Ai chegou uma mulher de fora, do Rio de Janeiro, e falou: Tem como você tocar Cartola? Eu falei: Cara, o que essa mulher está falando. Quem é Cartola?”, relembrou.

Show - Em comemoração aos 6 anos de carreira, o grupo Top Samba vai realizar um show no dia 14 de setembro, no Clube Estoril, em Campo Grande. A festa começa às 10h e vai contar com a participação de André Silva, Samba 10 e a dupla Victor e Vinicius.

O primeiro lote para área VIP, com bar exclusivo, custa R$ 30,00. O segundo sai por R$ 40,00. Pista inteira sai por R$ 20,00 e R$ 30,00 (primeiro e segundo lote). Já a pista estudante está sendo comercializada por R$ 10,00 e R$ 15,00.

Ingressos estão à venda no Aquila Burger e Gugu Lanches. Mais informações pelos telefones (67) 9293-8171 ou 9213-1370.

Confira, abaixo, a música “Princesa do Pagode”, com a participação do grupo Molejo.

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