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Diversão

Para evitar briga com os clientes, botecos recorrem ao bom e velho "Jukebox"

Anny Malagolini | 02/09/2013 06:38
Na antiga rodoviária, máquina já tem dez anos (Foto: João Garrigó)
Na antiga rodoviária, máquina já tem dez anos (Foto: João Garrigó)

A cena se repete há décadas, só mudou a tecnologia. Na base da ficha, quem quer ouvir música nos botecos da cidade escolhe a canção no Jukebox.

O cantor romântico Amado Batista também continua o mais pedido dentre milhares de opções. O interessante é que, segundo os comerciantes, o aparelho serve para evitar evitar briga com os clientes.

As máquinas já não tem a beleza dos vinis, há muito funcionam com catálogo musical com mais de 20 mil canções. Para ter música, o cliente deposita uma ficha que custa R$ 1,00 e dá direito a, no máximo, duas canções.

Há 25 anos com bar na antiga rodoviária, o proprietário Sena Matoso, de 67 anos, cansou da reclamação dos clientes, que sempre ficavam insatisfeitos com as músicas que ele mesmo escolhia para “animar” o ambiente, e há dez anos consignou uma máquina.

“Tô pagando e não quero ouvir isso”, a frase já gerou muita raiva diz Sena, que sempre ouvia isso quando colocava uma música. “Tem cliente que acha que a consumação no meu estabelecimento da direito a querer mandar, inclusive no que estava tocando”, explica.

Mas agora, no lugar da critica da clientela, tem que aguentar o gosto da freguesia, que nem sempre agrada. “Colocam um funk que eu não gosto, mas aprendi a conviver com o gosto alheio, é melhor assim”, dá aula sobre tolerância musical meio rara nos dias de hoje.

Máquina no bairro Tiradentes é uma das mais modernas, com tela para clipe (Foto: João Garrigó)
Máquina no bairro Tiradentes é uma das mais modernas, com tela para clipe (Foto: João Garrigó)

No bairro Tiradentes, na avenida Oceania, as noites são embaladas pelas músicas da máquina, que quase não para no bar do Urubatam Jeronimo, de 34 anos.

Sertanejo, funk e até axé são tocadas, e assistidas pelos clientes. As máquinas ficaram modernas e o aparelho funciona até no sistema "touch screen“, a um simples toque, como nos celulares ou tablets.

“Assim é democrático, não há reclamações”, argumenta Urubatam, que colocou a máquina no estabelecimento há menos de um ano.

Para ter a máquina no estabelecimento, além de comprar, o comerciante pode entrar em acordo de comodato com a empresa. É semanalmente ao esquema com mesas de sinuca. A empresa aluga o equipamento e passa pelo bar ou lanchonete para receber o "aluguel".

O catalogo de músicas chegam a ter 20 mil faixas, dos mais variados estilos. Tem lançamento? A máquina é atualizada mensalmente, e as menos tocadas são retiradas pela empresa que presta o serviço.

Em sites de venda pela internet, uma máquina nova pode custar R$ 3.5 mil. Mas aquelas retrô, que vale, inclusive como peça de decoração, não saem por menos de R$ 6 mil.

Como antiguidade tem um valor maior, há releituras da peça em versões para iPode, por exemplo. O "Crosley Radio", por exemplo, é um modelo que tem iluminação com LEDs e pode ser controlado por controle remoto e custa 105 dólares no site Amazon.

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