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Diversão

Para ganhar público e dinheiro, Liga das Escolas de Samba vai para o bar

Ângela Kempfer | 24/01/2013 08:00
Bar que também toca rock, forró e MPB, todas as quintas e domingos até o Carnaval terá samba. (Foto: Divulgação)
Bar que também toca rock, forró e MPB, todas as quintas e domingos até o Carnaval terá samba. (Foto: Divulgação)

Durante o ano, a Lienca (Liga das Escolas de Samba de Campo Grande) tem cerca de R$ 8 mil para funcionar. Sem sede, equipe estruturada, carro ou qualquer outro item necessário para qualquer organização desse porte, a entidade vai vivendo assim como o Carnaval: capenga.

Ao que parece, a mudança chega em pequenas doses. Uma das experiências recentes é conquistar parcerias para aparecer cada vez mais em ambientes que não têm o samba como exclusividade.

A partir de hoje, por exemplo, a Lienca começa com pré-carnavais no Barbaquá Botequim, bar com público bem diferente das comunidades que tocam as escolas aqui na cidade.

“Queremos justamente isso, formar público. Conseguir levar para as arquibancadas do desfile das escolas gente que normalmente não iria, que durante o ano ouve MPB nesses bares”, explica Eduardo de Souza Neto, presidente da entidade.

É no escritório do técnico em Contabilidade que as atividades da Lienca são desenvolvidas durante os meses que antecedem o desfile na avenida do samba. Eduardo garante que banca material básico, como folhas, gasolina e tudo mais que a pequena receita da Liga não comporta.

"Antes, as escolas eram obrigadas a pagar contribuição, mas como muitas ficavam inadimplentes, o dinheiro que era repassado pelo governo ficava retido, o que atrapalhava o Carnaval. Mas já estamos pensando em uma forma de cobrar de novo, mais pra frente", diz Eduardo.

Os projetos a conta gotas surgem com a ideia dos outros, como a proposta do Barbaquá e vão capitalizando a entidade responsável pelo Carnaval.

Todas as quintas e domingos, a partir das  22h e 19h, respectivamente, o ritmo no bar será de bateria. A Vila Carvalho, campeã do Carnaval, vai tocar assim como a Catedráticos do Samba, a escola Deixa Falar e os grupos Tambores Vento Bom, Samba de Respeito, Mistura de Raça, Open Samba e Bloco Tereré.

Da portaria, 70% do valor dos ingressos serão repassados à Liga das Escolas de Samba. “O bom é que as escolas e os grupos também são parceiros, muitos reduziram o cachê e outros vão participar de graça”, agradece Eduardo.

O valor é R$ 10,00, mas quem curtir a página do Barbaquá no Facebook paga só R$ 5,00.

O Barbaquá fica na Rua Rio Grande do Sul, 382, quase esquina com a Afonso Pena.

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