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Diversão

Prêmio de pior jingle do ano é show de gracinhas dos candidatos na internet

Thailla Torres | 17/08/2016 08:00
Era tanto vídeo engraçado, que o advogado teve a ideia de eleger o pior deles a cada eleição. (Foto: Fernando Antunes)
Era tanto vídeo engraçado, que o advogado teve a ideia de eleger o pior deles a cada eleição. (Foto: Fernando Antunes)

Com a chegada da campanha eleitoral, surgem junto as propagandas obrigatórias com peças pra lá de originais, para não dizer cafonas. Achando graça de tanta criatividade, o advogado de Campo Grande, Igor Santos, de 26 anos, decidiu dar ao jingle destaque das eleições o prêmio de  "Troféu Pior Campanha", divulgado pelo site Eita Candidato.

Já é a terceira edição da "homenagem", criada para mostrar que nem sempre a criatividade anda ao lado do bom resultado. Composições de todo País são avaliadas. Depois de pesquisas ou sugestões é elaborada lista que vai à votação dos internautas. O resultado é divulgado na internet no fim das eleições.

Há 4 anos, o primeiro jingle vencedor foi o de um candidato a vereador de Conceição de Coité, na Bahia, que resolveu fazer uma paródia com a música de abertura da série japonesa Cavaleiros do Zodíaco. 

Com voz e violão, o candidato revelava propostas. Mas o que rendeu mesmo medalha foi uma interpretação que fez muita gente cair na risada. E é claro, levou o prêmio de pior peça das eleições naquele ano. Confira abaixo:

E não falta inspiração para as paródias. Tem funk, rock, sertanejo e até jingle com o som do rei do pop Michael Jackson, com adaptação de "Beat It", feita por um candidato a deputado estadual na Paraíba. Veja no link

Campeão de ousadia, comédia e bizarrice, um candidato de Belo Horizonte foi quem levou o título nas eleições de 2014. Com trechos que faziam referência ao personagem James Bond, agente do filme 007. Confira este "sucesso" no vídeo abaixo:

Para Igor, em alguns casos o exagero acaba virando motivo de piada, e funciona como tiro no pé do candidato. "Foi em 2012 que eu criei. Eu e dois amigos pensamos em quantas dessas músicas são feitas por aí e a gente nem imagina. Aí esperamos a campanha eleitoral para fazer um apanhado", explica.

O advogado comenta que é um misto de criatividade com ousadia, para quebrar a rotina da publicidade eleitoral. "Quando chega a campanha, a gente já está acostumado com aquelas propagandas que são muito parecidas com as anteriores e algumas pessoas acabam entediadas", esclarece.

No entanto, muitos aspectos negativos não são levados em conta. "É preciso critério, porque ao mesmo tempo que pode se tornar um sucesso, isso não garante a aceitação do público. Algumas músicas também não condizem com os valores aceitos (pela sociedade). E a gente percebeu que todas as boas avaliações no nosso prêmio, não foram a mesma do público, já que quem acha engraçado, nem sempre fica muito interessado em saber o que o candidato realmente tem a dizer", descreve.

Candidato faz paródia de Cavaleiros do Zodíaco.
Candidato faz paródia de Cavaleiros do Zodíaco.

Além da falta de interesse, um jingle ousado demais pode fazer até com o que o eleitor não vote no candidato, explica o advogado.

Mesmo atuando na área jurídica, o campo-grandense revela que já teve experiência com a publicidade e opina sobre a importância de um jingle bem trabalhado. "Eu acredito que um jingle seja um acessório. Por conta das proibições, muitos candidatos ficam limitados em ter como se expressar e não é fácil olhar para alguém e falar de política. E quando são eleições para vereador por exemplo, é um número maior de candidatos e as pessoas ficam na dúvida de quem é o cara", pontua. 

Em 2014, foram mais de 400 jingles que passaram pela avaliação. "A campanha está no início, então demora um pouquinho para chegarem os conteúdos e o resultado só é divulgado após a eleição", explica. 

Para inspirar os internautas a enviarem sugestões, Igor mostra outros exemplos que parecem surreais como o caso de um candidato alagoano, roqueiro que se destacou na campanha usando uma camiseta com nome "cheiro de calcinha". Veja no link

Aos fãs do desenho japonês Pokémon, é provável que este ano muita gente aproveite para criar jingles com o jogo, que já é sucesso no mundo. Mas em 2012 já teve gente que aproveitou a animação e fez adaptação na música do desenho. Veja aqui. 

E nem Michel Teló escapou dessa, a música Ai Se Eu te Pego, foi adaptada em 2012 para campanha de um candidato de Florianópolis. Com certeza o jingle deve ter ficado na cabeça de muita gente durante período eleitoral, mas o dono não ganhou as eleições. 

Quem quiser sugerir um candidato ou votar no pior da política em 2016, pode acessar o site Eita Candidato

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