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Diversão

Primeira festa de calouros é a lembrança de muita bebida para se enturmar

Thailla Torres | 20/02/2017 07:51
Além das atrações musicais, diversão é curtir o open bar. (Foto: André Bittar)
Além das atrações musicais, diversão é curtir o open bar. (Foto: André Bittar)

A recepção de calouros é um rito entre universitários. Todo ano, uma festa é realizada para dar “boas vindas” a quem encara uma nova etapa. A diferença é que de uns tempos para cá, esses eventos tem ficado cada vez maiores. Nada de festinhas na casa de amigos ou república, o que cada curso deseja é entrar no título de melhores anfitriões.

No último fim de semana, a festa que lotou foi a Calourada da UCDB, em Campo Grande. O evento tem uma comissão gigantesca de acadêmicos que fazem parte da Leau (Liga Esportiva das Atléticas da UCDB) a organizadora oficial da festança.

Emerson e Rodrigo são veteranos, mas dizem que a festa é ótima para fazer amigos. (Foto: André Bittar)
Emerson e Rodrigo são veteranos, mas dizem que a festa é ótima para fazer amigos. (Foto: André Bittar)

Organizada 2 meses antes de começar as aulas, a festa teve um público de cerca de 1,2 mil pessoas. Quem participou disse que a maior característica é fazer amigos e aproveitar a liberdade para beber.

Os amigos Rodrigo Cabral Peixoto, 23 anos, e Emerson Cristaldo Nascimento, 21, são veteranos de Direito, e acham que a festa virou tradição para quem deseja se enturmar. “O negócio é que as pessoas chegam na faculdade sem conhecer ninguém. Eu e o Emerson, somos de Jardim, e quem é do interior, aproveita esse momento para se conhecer", diz.

“Cachaçada, tudo que eu queria”, afirma Gabriel Pinesso, de 19 anos, que veio de Camapuã para cursar Agronomia. “Minha expectativa nessa festa era se divertir, eu estava no ensino médio e cheguei na faculdade com outra visão. Agora vou conhecer novas pessoas e abrir os horizontes”, acredita.

A vontade de se divertir começa na entrada do evento, que inicia por volta das 16h. Na bilheteria, os ingressos chegam a custar R$ 60,00, mas ninguém reclama do preço, já que a propaganda é de beber à vontade na festa.

A organização é tanta, que os bares são separados por tipos de bebidas, para que ninguém passe vontade. De um lado tem cerveja, do outro as bebidas das atléticas, que ganham nomes estranhos como “Salmonela”, “Samu” e “Antidoping”. O que ninguém sabe direito sobre a receita é que tem só suco de saquinho misturado com bebida alcoólica.

Veteranos e calouros, comemoram a nova etapa. (Foto: André Bittar)
Veteranos e calouros, comemoram a nova etapa. (Foto: André Bittar)

Cada atlética leva sua bebida ‘especial’, no total são 12 tipos e cerca de 1,2 mil litros. No bar, o movimento não para e quem trabalha são os veteranos.

Apesar da bebedeira, todo mundo parece bem amigo e para não ter problemas, 25 seguranças ficam espalhados para impedir qualquer truculência por parte da galera bêbada.

No repertório, a festa começa com pagode e sertanejo, mas a galera vai ao delírio quando as caixas de som estrondam com o ritmo do funk.

Na entrada os seguranças também olham os documentos, o que não tem sentido, já que não faltam calouros com 16 e 17 anos de idade.

Em uma das rodinhas, está uma menina com 17 anos. Ela diz que é uma das melhores festas que já foi na vida. “Isso aqui está top”. Acadêmica de Pedagogia, a caloura diz que foi por conta dos amigos e o limite é “aproveitar ao máximo” na bebida e paquera.

“Quero os dois, eu nunca tinha ido numa festa assim, e minha expectativa é que rendesse e que eu aproveitasse ao máximo”, afirma.

Fernando diz que a festa é só para dar boas-vindas. (Foto: André Bittar)
Fernando diz que a festa é só para dar boas-vindas. (Foto: André Bittar)

Ela adianta que a mãe sabe, mas pede para não revelar a idade. “Ela que me trouxe e comprou. Mas você vai colocar que eu tenho 18, né?”, sugere.

Já outra acadêmica, também de 17, foi na festa para não se sentir excluída. “Eu estou amando porque tem um monte de gente da minha cidade aqui. É bom para conhecer as pessoas, senão fica muita panelinha e não quero ficar excluída, vim para fazer amizade”, admite.

O que já era comum de se imaginar, os acadêmicos confirmam, todo mundo acredita que a pior fase da vida já passou. “Na minha cabeça já passou, porque antes eu tive que estudar muito para o Enem, que foi ‘uó’, mas na faculdade ninguém liga pra você, posso ter o meu jeito”, acredita.

O veterano de Direito, Fernando Miranda, de 23 anos, ameniza a bebedeira e diz que a festa é só para dar boas-vindas e os alunos começarem o curso em harmonia. “Quando entrei na faculdade, não tinha aquela expectativa ainda. Mas escutando os comentários dos veteranos e amigos, a gente tem uma imagem diferente, que dizem ser só festa. Mas aqui é só uma união dos cursos e unir calouros. Antes as festas eram separadas, mas isso aqui é para marcar a vida do calouro, passando a imagem da melhor festa que eles tiveram na vida deles”, conclui Fernando, que também faz parte da Leau.

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Festa teve público de cerca de 1,2 mil pessoas. (Foto: André Bittar)
Festa teve público de cerca de 1,2 mil pessoas. (Foto: André Bittar)
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