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Para mostrar que todo mundo pode, mulheres levam Pole Dance para rua

Elverson Cardozo | 10/09/2014 06:19
Poledance no Parque das Nações Indígenas. (Foto: Arquivo Pessoal)
Poledance no Parque das Nações Indígenas. (Foto: Arquivo Pessoal)

A proprietária de um stúdio de dança em Campo Grande, Uliana de Marco Cândido, de 24 anos, teve uma ideia diferente para divulgar o Pole Dance, que exige movimentos em uma barra. Ela resolveu convidar as alunas para uma sessão ao ar livre, no Parque das Nações Indígenas.

A ação, que acontece pelo menos quatro vezes ao ano, inclui, ainda, acrobacias em locais públicos, no meio da rua, como forma de manifesto. A Avenida Afonso Pena, Via Parque e o Parque dos Poderes estão entre os locais escolhidos. O nome adotado, nessas situações, é “Pole Street”.

“Isso acontece em vários estúdios pelo mundo. As pessoas saem às ruas para mostrar a atividade e divulgar como um esporte igual a todos”, diz, ao comentar que a iniciativa ajuda a eliminar o preconceito. 

"Proporciono eventos mensais para as alunas porque não existe hora para praticar atividade física. Não importa se é feriado, férias ou final de semana, a pole dancer sempre vai estar praticando Pole Dance. É uma verdadeira paixão", conta.

A intenção é divulgar a escola, tentar compor fotos bonitas com as paisagens de Campo Grande e, principalmente, mostrar a atividade como arte, já que muitos a associam à dança erótica.

Ação de Pole Street em uma esquina de Campo Grande. (Foto: Arquivo Pessoal)
Ação de Pole Street em uma esquina de Campo Grande. (Foto: Arquivo Pessoal)

Mas a aula do Parque, realizada recentemente, provou o contrário. As meninas apareceram como manda o figurino, de roupas de ginástica, e prontas para suar a camisa. O exercícios, feitos em uma barra móvel, duraram uma tarde toda, despertaram a curiosidade, mas poucos se aproximaram.

A constatação é de uma das alunas, a empresária Carol Ayaco, de 30 anos. “As pessoas ficam olhando. Dá a impressão de que acham meio estranho, mas todo mundo gostou. Eu gostei”, afirma. Ela, que é adepta do Pole Dance há um ano, reforça que a ação ajuda a desmistificar a prática, vista, muitas vezes, como “dança de zona”.

O grupo já definiu data da próxima aula ao ar livre. Será no dia 3 de outubro, no mesmo local, o Parque das Nações Indígenas. As meninas também já dão como certo um dia de Pole Street pelas ruas da cidade, mas isso, dizem, "não tem hora para acontecer".

Programas assim, além de divulgar a prática, servem de estímulo às alunas. O Pole Dance, ressalta Carol, é uma atividade normal e “qualquer uma pode fazer”. Pode mesmo, confirma a professora.

“As aulas são feitas com base em acrobacias específicas. O principal benefício é a melhora da autoestima, sem dúvida”, diz, ao mencionar, também, as vantagens para o corpo. “Fortalece abdômen, braço, perna, tudo, mas precisa de dedicação”.

As aulas do stúdio durante aula no Parque das Nações. (Foto: Divulgação)
As aulas do stúdio durante aula no Parque das Nações. (Foto: Divulgação)
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