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Lado B

Lienca quer “tratamento diferenciado” a escolas de samba

Elverson Cardozo | 24/11/2012 17:05
Presidente da Lienca, Eduardo Souza Neto, afirma que as escolas não querem ficar às margens da lei. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Presidente da Lienca, Eduardo Souza Neto, afirma que as escolas não querem ficar às margens da lei. (Foto: Rodrigo Pazinato)

O presidente da Lienca (Liga das Entidades Carnavalescas de Campo Grande), Eduardo Souza Neto, disse hoje (24), durante manifestação da Igrejinha, que não quer que a justiça “passe a mão na cabeça”, mas que olhe para as escolas de samba de outra maneira por se tratar de entidades voltadas a movimentos culturais.

“A gente não quer ficar à margem da lei, mas queremos tratamento diferenciado”, declarou, em entrevista ao Campo Grande News.

O pedido tem relação com a decisão judicial que resultou na interdição da Igrejinha. A agremiação, que está de portas fechadas desde o dia 14, não pode realizar qualquer tipo de apresentação.

Ação do MPE (Ministério Público Estadual), aberta este ano, obriga a entidade a se adequar em um projeto de impacto ambiental. O processo foi motivado após denúncia de moradores que reclamam do excesso de barulho durante os ensaios realizados no barracão, que fica na rua 14 de julho, no bairro São Francisco.

Além disso, à época da denúncia, um morador alegou que os carnavalescos não limpam o local depois da festa e que deixam sujeira espalhada pela rua. Fotos foram anexadas ao processo.

Manifestação em favor da Igrejinha. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Manifestação em favor da Igrejinha. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Eduardo Souza afirma que a escola e a Lienca reconhecem que existem problemas, mas a solução precisa ser repensada. A escola, pontou, não tem dinheiro suficiente para forrar toda a quadra.

O custo do material, por metro quadrado, sai a R$ 80,00. Avaliação feita pelo secretário e assessor jurídico da casa aponta que o orçamento chega a R$ 160,00 mil.

O problema maior, disse, é que a escola pode deixar de desfilar em 2013. “A gente quer discutir isso”, afirmou. “Está atingindo o carnaval em si”, completou.

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