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Sabor

"Magnata da Chipa", empresário transformou a vida com receita simples de mãe

Naiane Mesquita | 27/08/2015 06:12
Máximo viu na tradição da fronteira uma chance de ganhar dinheiro (Fotos: Fernando Antunes)
Máximo viu na tradição da fronteira uma chance de ganhar dinheiro (Fotos: Fernando Antunes)

Por trás da popularização pela cidade das chipas de R$ 1,00 existe um sul-mato-grossense corajoso. Máximo Tama Aranda, de 50 anos, mal sabia preparar esse sabor paraguaio quando precisou de uma alternativa para os problemas financeiros que enfrentava.

Dono de um mercadinho na região do bairro Tijuca, ele resolveu ao lado do filho, mudar o foco para a cozinha, como uma forma de complementar a renda da família. O que ele não sabia é que a iniciativa daria tão certo que uma rede de mais de 15 lojas estamparia a marca criada pelo empresário.

“Eu e meu filho que começamos, por causa de dificuldade financeira e a primeira lanchonete que abrimos foi na rua Barão do Rio Branco, próximo a praça das Araras”, explica.

Fornada da chipa mais famosa da cidade.
Fornada da chipa mais famosa da cidade.

O marketing ficou por conta do boca a boca e do preço. Além da chipa, Máximo vende suco natural por R$ 2,00. “Quando vimos os amigos e parentes começaram a ficar interessados. Como não tínhamos condições de fabricar e distribuir o produto para todo mundo, começamos a dar consultoria da receita, com cursos e indicando os fornecedores mais baratos”, afirma.

Os cerca de 1.500 kg de queijo vem de Ribas do Rio Pardo, por um preço mais em conta, enquanto o maquinário para a preparação e conservação do produto é de uma empresa de Campo Grande, que financia a compra em várias prestações para os lojistas.

Hoje, Máximo mantém três lojas próprias, além de sociedades e algumas lanchonetes que apenas estampam o adesivo do empresário.“Foi uma forma de fortalecer a nossa marca. Agora abrimos também no interior, em Maracaju, Porto Murtinho, Corumbá, Ladário, São Gabriel do Oeste e estamos preparando uma em Dourados”, aponta.

De origem paraguaia, Máximo lembra que cresceu vendo a mãe Ermelinda preparar a receita, mas que nunca tinha se interessado pela culinária fronteiriça.

Na hora do aperto, viu na tradição uma forma de sobrevivência. “Nós ficamos três meses tentando acertar a receita até que uma delas ficasse pelo menos parecida com o que minha mãe fazia. Lembro que em uma das fornadas eu senti o cheiro e achei que estava bom”, brinca.

Com as vendas indo de vento e polpa, ele diz que vende em média em todas as lojas mais de 10 mil chipas, o empresário luta para manter uma qualidade.

“Não cobrei pela consultoria. Era em troca de estampar a minha marca e maioria era parente e amigo que pedia. Agora que estou pensando em cobrar porque foram surgindo muitos pedidos, recebo de 3 a 4 ligações por dia. Lutamos para manter um padrão de qualidade, que todas tenham o mesmo sabor, peso e tamanho”, diz.

Para o empresário, no fim das contas o sucesso da chipa é pelo sabor. “É um produto típico e que você não enjoa. Salgado frito ou assado com o tempo você não tem mais vontade de comer, mas a chipa não, combina com café, refrigerante e suco. Sempre vai bem”, aposta.

Quem se interessar pela chipa do Máximo, o telefone de contato é (67) 3211-5572.

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