Chefs de Campo Grande são indicadas para maior prêmio da gastronomia brasileira
Três mulheres, chefs de cozinha em Campo Grande, foram indicadas ao Prêmio Nacional Dólmã, o mais importante da gastronomia brasileira. As representantes de Mato Grosso do Sul têm algo em comum: o gosto e a prática da docência.
Formada em Ciências Econômicas, Magda Moraes deixou a carreira de lado para se especializar aos prazeres da boa cozinha, “aquela de fazenda, dos peões, porém mais leve e charmosa”, diz. Ela deixou o comando do Fogo Caipira, restaurante da família, há dois anos, quando o espaço foi vendido, e hoje está à frente do ateliê Cozinha de Raízes, prestando consultoria gastronômica.
Líder do convívio slow food (movimento que vai na contramão do fast food e prega a maior apreciação da comida e melhor qualidade nas refeições) na região, Magda presa pela brasilidade e regionalismo em seus pratos.
Gaucha radicada em Campo Grande, Vera Chaves, outra indicada ao prêmio, trabalha com cozinha quente em um centro de educação profissional. Reliaza eventos, dá aulas de cozinha regional, brasileira e internacional, bebidas e drinks e até de etiqueta à mesa. Em Campo Grande, presta consultoria para Hotel Indaiá desde setembro do ano passado.
"Meu trabalho lá engloba a mudança de cardápio, pesquisa, treinamento com funcinoários. Fiz uma mudança bem radical na cozinha deles", conta.
Em Recife, cidade onde vai ocorrer a premiação, Vera vai aproveitar a viagem para apresentar o que o Estado tem de mellhor. "Fui convidada por uma universidade de lá para ministrar uma aula sobre nossa cozinha. Estou levando 50 quilos de ingredientes daqui como pequi, pintado, farinha de jatobá, castanha de cumbaru...", adianta.
Na avaliação da chef, que trocou a profissão de advogada aos 40 anos, a gastronomia de Mato Grosso do Sul se destaca pela riqueza de cores, aromas e sabores.
Mirian Arazine, que também foi indicada, é professora de Gastronomia do Senac. Gosta de ensinar, mas não deixa de por a mão na massa.
A jovem de Paranaíba que, aos 15 anos, começou a vender doces na escola, nunca mais saiu de volta das panelas. Se especializou em confeitaria artística, trabalhou como cake designer, em restaurante de cozinha fusion (que mistura ingredientes de várias culturas), italiana e especializados em enogastronomia (arte de combinar vinho e comida).
Prêmio – No dia 28, as 3 viajam para o Recife, para participar do evento de premiação. Criado em junho de 2013 pelo gestor de projetos Geraldo Guerra Junior, presidente do Grupo Conforto Gastronômico, o Prêmio Nacional Dólmã é divulgado como um reconhecimento e afirmação da importância do trabalho dos profissionais e empresas que atuam na área gastronômica. Pela primeira vez, a ação está englobando todos os estados.
Foram indicados 3 chefs e 3 empresas por estado para, posteriormente, serem escolhidos 27 chef e 27 empresas, sendo um chef e uma empresa por estado, contato com o Distrito Federal.
Os escolhidos vão receber o Prêmio Nacional Dólmã 2014 – Estado. A premiação será representada por meio de uma certificação e uma estatueta com assinatura de “renomado artista plástico brasileiro”. A cerimônia deste ano acontece em Recife. “Será aos moldes da Cerimônia do Oscar, pois os chefes indicados só saberão o resultado na noite”, anunciam os organizadores.
