ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 23º

Sabor

Com foto de Cristiano Ronaldo, lanchonete tem cardápio português no Centro

Anny Malagolini | 28/05/2014 06:21
Português sonha em voltar para seu país (Foto: Marcelo Victor)
Português sonha em voltar para seu país (Foto: Marcelo Victor)

Quem passar apressado pelo endereço, ali na rua Antônio Maria Coelho, quase esquina com a Rui Barbosa, dificilmente vai notar a existência do bar do "Portuga". A fachada não é nada convidativa, seria apenas mais uma lanchonete que vende salgados, se não fosse o cardápio.

Por conta da crise econômica que a Europa sofre, até quem mantinha um bom estilo de vida sofreu Por isso, o português José Antônio, de 55 anos, que era proprietário de uma garagem, resolveu se mudar para Campo Grande, há um ano e meio.

A escolha da Capital do Mato Grosso do Sul não foi aleatória. Ele explica que há dez anos se casou com uma campo-grandense que conheceu em um café em Lisboa, onde ela era atendente.

Do encontro ao acaso, nasceu um filho, hoje com 8 anos, além de uma oportunidade de recomeçar na vida.
José diz que assim que a crise aumentou, ele foi para Fortaleza (CE), para gerenciar um hotel, mas o negócio não deu certo e entre idas e vindas entre Portugal e Brasil, a família enfim se estabeleceu em Campo Grande.

A definição sobre como é viver por aqui está na ponta da língua do português. “Trabalha-se muito e ganha-se pouco”. A vontade de voltar para a terra fica visível. Segundo ele, a da esposa também. “Ela não queria voltar, mas foi preciso ficar”.

Comida tradicional - José conta que estava lendo um jornal local quando viu o anúncio de aluguel da lanchonete e decidiu arriscar. No cardápio da casa tem a tradicional culinária portuguesa, como bolinho de bacalhau e pastel de Belém, que custam R$ 2,50, cada. Mas também há algo mais sofisticado, a porção de 500 gramas de bacalhau gratinado, por R$ 10,00.

Um amigo português cozinha e ele comercializa. “Dá muito trabalho, prefiro só vender”, explica. Na estufa de salgados que fica no balcão, também há opções mais regionais, como a chipa, que ele logo reconhece: “É daqui né, tem que ter”.

Em tempos de copa, o “estrangeiro” faz questão de deixar a foto do craque Cristiano Ronaldo, jogador da seleção de Portugal, logo na entrada do estabelecimento. Por conta da distância, já que o primeiro jogo do time será em Manaus, ele vai torcer só de longe. “Vou vibrar por ele, mesmo longe”.

Nos siga no Google Notícias