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ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 17º

Sabor

Com receitas próprias, casa serve peixada e oferece cachaça artesanal de graça

Aline Araújo | 02/02/2015 06:34
Uma casa reformada deu origem ao restaurante. (Foto: Alcides Neto)
Uma casa reformada deu origem ao restaurante. (Foto: Alcides Neto)

O lugar é charmoso, uma casa que se transformou em bar e restaurante na Rua Bom Pastor, um pouco mais afastado do corredor gastronômico já conhecido do bairro Vilas Boas. O "Prosa Urbana" é simples, mas tem uma cara moderna, com um toque da boêmia vivida pelos poetas que dão nome aos pratos do cardápio, todos autorais, criados pelo chef e dono da casa, Erison Freitas Bispo, de 35 anos. Um dia especial é o sábado, quando é servida peixada com 12 pratos, a R$ 45,00 por pessoa.

Na entrada, a parede tem espaço para escrever uma mensagem, ou recepcionar os clientes com uma poesia. O Lado B, por exemplo, foi recebido com palavras de Mario Quintana. O restaurante, que também serve almoço, tem dois ambientes. Na varanda, o som é ao vivo a partir de quinta, com MPB, Bossa Nova e pop rock.

De brinde, a cachaça artesanal é oferecida com uma porção de amendoin.

Erison é chef de cozinha a noite. (Foto: Alcides Neto)
Erison é chef de cozinha a noite. (Foto: Alcides Neto)

O lugar nasceu em seis meses, da vontade de Erison em criar um restaurante que ele gostaria de frequentar, além de poder fazer o que gosta, cozinhar. “A ideia surgiu de tanto eu cozinhar para os meus amigos, sempre que tinha uma festinha, era eu que ia para a cozinha. A peixada foi porque peixe é o meu prato predileto e tudo foi pensado enquanto o restaurante estava em obras. Tudo tem um pouco de mim”, comenta Erison, que não é de falar muito. “Prefiro cozinhar”, justifica.

A decoração é uma mostra disso. O balção foi feito com o piso da casa, que era um tablado. Juntando um detalhe dali, uma sugestão daqui, o projeto surgiu com a naturalidade de uma conversa de bar.

Erison assume a cozinha, cuida pessoalmente de cada prato e ainda finaliza o pedido na mesa do cliente. Com muita elegância e gentileza, chega na mesa, faz uma breve explicação de como é feito o que foi escolhido e finaliza com temperos especiais.

Quem entra no restaurante é recebido com uma poesia. (Foto: Alcides Neto)
Quem entra no restaurante é recebido com uma poesia. (Foto: Alcides Neto)

O Monteiro Lobato (R$ 50,00), por exemplo, feito com tilápia, leite de coco e dendê, ganha o toque de sal azul na mesa, para um charminho ao servir.

O Machado de Assis é um dos campeões de venda, um filé de pirarucú grelhado com alcaparras e alho negro, acompanhado de arroz e salada de agrião e cebola mini, ao preço de R$ 89,00.

Já o Graciliano Ramos tem carne vermelha. É preparado com picanha e servido com torradas com patê de alho, arroz e salada.

Apesar do cardápio não ter sobremesa, a casa oferece também como cortesia um doce "surpresa", desenvolvido para aquele mês. 

Como outro diferencial, o bar escolheu trabalhar apenas com chope artesanal da Kremer e cervejas especiais. A escolha foi feita porque o empresário não queria que nenhuma bebida atrapalhasse o sabor da comida. 

Os pratos servem bem duas pessoas e, dependendo do apetite, até três. A maioria dos pratos vem com entrada, para ser saboreada enquanto o prato principal não chega.

No futuro, o lugar pretende agregar mais detalhes culturais, como exposições de artes e apresentações de música e teatro, uma vez por mês. O restaurante fica na Rua Bom Pastor, 1073, no bairro Vilas Boas. O almoço self-service custa R$ 18,90 por pessoa.

Pirarucu grelhado.
Pirarucu grelhado.
No cardápio, também há carne vermelha.
No cardápio, também há carne vermelha.
Peixada de sábado.
Peixada de sábado.
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