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Sabor

Cordeiro no tacho leva 12 horas no buraco e é prato principal em CTG

Antonio Marques | 14/06/2015 16:39
Prato principal da 2ª Festa do Cordeiro no CTG Farroupilha, o cordeiro no tacho leva mais de 12 horas para ficar pronto (Foto: Fernando Antunes)
Prato principal da 2ª Festa do Cordeiro no CTG Farroupilha, o cordeiro no tacho leva mais de 12 horas para ficar pronto (Foto: Fernando Antunes)
Os tachos são colocados no buraco no início da madruga para ser servido após ao meio-dia (Foto: Antonio Marques)
Os tachos são colocados no buraco no início da madruga para ser servido após ao meio-dia (Foto: Antonio Marques)
Além do cordeiro no tacho, mais 25 foram preparados na brasa desde às 5h30 da manhã de domingo (Foto: Antonio Marques)
Além do cordeiro no tacho, mais 25 foram preparados na brasa desde às 5h30 da manhã de domingo (Foto: Antonio Marques)

O prato principal da 2ª Festa do Cordeiro no CTG (Centro de Tradições Gaúchas) Farroupilha, que ocorrida hoje, 14, foi o cordeiro no tacho no buraco, que leva cerca de 12 horas para ficar no ponto de servir. Considerando o tempo que fica curtindo no tempero, são mais de 24 horas de preparo. Pelo menos 600 pessoas eram esperadas no evento na sede do CTG, na Avenida Ernesto Geisel, próximo ao Bairro Otávio Pécora.

De acordo com o diretor de eventos do CTG, José Roque Leite, a festa, que teve iniciou no ano passado, em comemoração ao aniversário do Centro, deve se tornar mais uma tradição da comunidade gaúcha da Capital. “Na primeira festa recebemos 570 pessoas e para este ano esperamos uns 600 participantes, uma vez que nosso espaço é limitado”, comentou.

O domingo no CTG iniciou com a mateada bem cedinho, o tradicional chimarrão. Em seguida foi servido café da manhã até as 10h30. Na sequência, enquanto os simpatizantes da tradição gaúcha e os descendentes do Rio Grande chegavam, no barracão principal acontecia a Tertúlia Livre, espaço liberado para quem quisesse fazer apresentações culturais, como dança, música típica.

Preparo - Porém, o pessoal, que estava no apoio da festa, praticamente dormiu no CTG para preparar o domingo especial ao visitantes e sócios. Foram preparados 28 cordeiros, três no tacho e 25 na brasa, assado ao estilo fronteiriço, que é colocado inteiro e em cruz no espeto, depois enfiado no chão. Antes de ser espetados ficaram no tempero por cerca de 12 horas.

Já o prato principal foi temperado ontem, por volta das 10 horas da manhã. Depois distribuídos em quatro tachos grandes, com muitos legumes, batata doce, mandioca, banana da terra. Tudo picado em pedaços médios. Enquanto isso, no buraco foram colocados 3 metros cúbicos de lenha para queimar e virar brasa. Isso tudo sábado.

No início da madrugada do domingo, os tachos são depositados no buraco em cima da brasa para cozinhar. Por cima, umas folhas de zinco e terra para abafar o calor e evitar a queima dos alimentos. Pouco depois do meio-dia, o buraco foi destampado, e os tachos retirados foram direto para as mesas do salão para serem servidos.

O vendedor Paulo Sérgio, 45 anos, levou a esposa, Andrea Garcia, 38 anos, e as duas crianças para experimentar o cordeiro no tacho. Ele disse que perdeu a festa no ano passado e ficou cuidando para participar neste ano. “Eu via matéria sobre esse cordeiro no buraco e sempre tive vontade de comer, por gostar muito da carne de cordeiro”, relatou ele, que estava ansioso para provar.

Andrea Garcia, que é funcionária pública e mora no Jardim Canguru, revelou ser a primeira vez que ela e o esposo visitavam o CTG Farroupilha e que, além de estarem ali para provar a especialidade do dia, era um momento para conhecer a tradição do povo gaúcho. Ela aproveitou o ambiente para colocar o pequeno Kaio Leonardo, de apenas 10 meses, para brincar em um cavalo de madeira, que fica no espaço para as crianças.

O almoço no CTG era parte da festa, que ainda previa o baile com o grupo Rancho Grande e, segundo José Roque, não teria hora para acabar.

Dia de festa no CTG Farroupilha, as crianças chegam em trajes típicos (Foto: Fernando Antunes)
Dia de festa no CTG Farroupilha, as crianças chegam em trajes típicos (Foto: Fernando Antunes)
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