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Sabor

Empresária troca pousada por loja de bombons com frutos de sabor diferente

Elverson Cardozo | 13/07/2014 07:23
Margarida trabalha com o esposo. (Foto: Arquivo Pessoal)
Margarida trabalha com o esposo. (Foto: Arquivo Pessoal)

Durante 12 anos, a gaúcha Maria Margarida Brezolin Rama, 62, comandou uma pousada em Bonito, a 257 quilômetros de Campo Grande, mas deixou o negócio de lado porque não conseguiu mais renovar o contrato de aluguel com o proprietário do espaço que arrendava. Entregou o prédio, passou a empresa adiante e foi viver de fazer bombons com sabores de frutas típicas do cerrado.

O “bico” começou, na verdade, na época em que ela ainda administrava o estabelecimento. Para melhorar o faturamento nas baixas temporadas, Margarida, como é conhecida, resolveu investir em bombons.

Da primeira vez, fez 12 unidades, de sabores comuns, como brigadeiro e beijinho, e vendeu todos em uma única volta pela cidade. Percebeu que a “brincadeira” estava rendendo, e resolveu inovar. Criou o “quebra-queixo”, com licor, granola e amendoim.

O foco eram os comerciantes, que adoraram a novidade, mas a delícia caiu na graça dos turistas, que sempre estão em busca de coisas diferentes. “Era bem durinho. Quando eu falava as pessoas ficavam interessadas e queriam saber como era”, conta.

Mais atenta ao público em potencial, a empresaria resolveu testar novas receitas e fez o bombom de jaracatiá. “É uma árvore nativa do cerrado, muito comum aqui. O recheio é com o tronco, a madeira dela, que é branca e quando a gente rala fica parecendo côco. Eu cozinho com uma calda de açúcar e coloco em cima de um brigadeiro branco. A casquinha é com chocolate ao leite mesmo ”, explica.

Quem provou, garante, não se arrependeu. O sucesso foi tanto que, quando saiu das ruas para abrir a loja própria, há 7 anos, Margarida batizou o espaço de “Jaracatiá – bombons do cerrado”. O doce virou o carro-chefe do estabelecimento, que fica na Senador Filinto Müller, uma das ruas mais conhecidas do município.

Mas, na loja, além dessa iguaria com sabor bem peculiar, o cliente encontra bombons de guavira, castanha de cumbaru, seringuela, genipapo, ibisco, pequi e até de jabuticaba com pimenta. Tem, ainda, as geleias dessas mesmas frutas, além dos doces. Do jaracatiá, além do bombom, tem a rapadura.

Bombons levam frutos do cerrado. (Foto: Divulgação)
Bombons levam frutos do cerrado. (Foto: Divulgação)

Em Bonito, o endereço, hoje, é um dos mais procurados pelos turistas. A maioria aparece por indicação ou porque fica curioso com o nome estampado na fachada. “Querem saber se é fruta, flor...”, conta. Entram receosos, compram pouco para experimentar, mas logo voltam.

O gosto diferente vira comentário de boca em boca e chega, inclusive, em outras cidades. Tem gente que descobre o local e compartilha o “achado” na internet. A procura, com o passar dos anos, aumentou tanto que Margarida passou a atender clientes de outras cidades, que fazem encomenda por Sedex.

“Entrego em todo o Brasil onde o Sedex alcança. Já mandei Campo Grande, Natal, Florianópolis, Rio de Janeiro, São Paulo e até para outros países como Suíça, Alemanha e Japão”, afirma.

Serviço - Quem quiser experimentar, pode fazer os pedidos pelos números (67) 9623-1636 ou 3255-2212, no e-mail jacaratiabombons@gmail.com, na Fan Page ou direto na loja. A Jaracatiá fica na rua Senador Filinto Muller, 669, no centro de Bonito, perto de uma agência do Banco Bradesco.

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