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Sabor

Graça de restaurante começa com esfiha da "Massas Capivara" e feirinha cultural

Anny Malagolini | 28/03/2014 06:46
As esfihas são vendidas toda quarta-feira. (Foto: Marcos Ermínio)
As esfihas são vendidas toda quarta-feira. (Foto: Marcos Ermínio)

A esfiha tem recheio de abobrinha, de carne de soja e ganhou um dia especial no bairro São Francisco: quarta-feira. Camila Santana, de 29 anos, ou Kite, como é chamada pelos amigos, é a responsável pela fornada. Cresceu vendo os pais na cozinha e agora faz de pão a macarrão integral na "Massas Capivara", marca criada este ano. 

A culinária sempre foi uma paixão, mas nada profissional, até que a necessidade financeira fez com que ela se lembrasse das receitas que fazia em casa, em festas ou a pedido dos amigos. 

Agora, os sabores diferentes de esfihas são atração do restaurante da família, o São Chico. Um lugar de comida caseira, que ganhou uma atmosfera cultural com feirinha de livros.

Segundo Camila, a novidade com abobrinha foi ideia de uma amiga, que gosta do legume. O catupiry  entrou na jogada e também agradou clientes, incrementando a abobrinha desfiada e refogada.

Cada salgado custa R$ 2,00, mas só é vendido em dias de quarta, a partir das 18 horas, para virar tradição. Os amigos fazem a clientela e, por conta disso, o restaurante acaba se tornando um sarau. Quem aparece, leva violões e no local pode comprar livros e vinis, a partir de R$ 5,00, todos do acervo de Camila.

Massas Capivaras – A história da moça na cozinha começou como padeira, em 2012. Camila pediu demissão do emprego e com o dinheiro foi para Novo Hamburgo (RS), visitar uma amiga. Depois do desembarque no aeroporto de Porto Alegre, guardou as malas no Fusca da amigas, e as duas seguiram a pé para comemorar o encontro.

De volta ao estacionamento... Cadê o carro? O veículo foi furtado e não sobrou nada, nem as roupas. “Resolvi ficar, e começar de novo. Já tinha perdido o que eu tinha”, lembra.

Durante um ano e meio, Kite morou no sul do País. Primeiro, foi trabalhar em um restaurante 5 estrelas da cidade, como chapeira e saladeira. Insatisfeita, pediu demissão e, para não passar fome, começou a vender pães. “Fazia pão para comer porque não tinha dinheiro pra comprar e todo mundo gostava. Aí comecei a vender por R$ 5,00”.

Para fazer a diferença, o pão era embrulhado em papel pardo, amarrado com barbante colorido e, de quebra, dava de brinde aos clientes um papel datilografado com uma poesia do poeta de “casa”, Manoel de Barros. “Eu fazia vinte pães, colocava na bicicleta, pegava um trem para Porto Alegre e voltava sem nada”, lembra.

Com saudade de casa, Kite acabou voltando para Campo Grande e hoje é dona da Massas Capivaras. O nome veio para homenagear um dos principais símbolos da cidade. "É uma forma de mostrar aos amigos de fora um pouco de Campo Grande", comenta.

O restaurante fica na rua 13 de Maio, 4.551. Já os produtos das Massas Capivara são vendidos por encomenda. O telefone de contato é 3356-0229

E de quebra, o restaurante também virou sebo. (Foto: Marcos Ermínio)
E de quebra, o restaurante também virou sebo. (Foto: Marcos Ermínio)
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