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Sabor

Lista de cervejas especiais em supermercados tem marca japonesa e belga de R$ 51

Aline Araújo | 16/07/2014 06:34
Chimay, uma das marcas mais caras nos supermercados.
Chimay, uma das marcas mais caras nos supermercados.

Cerveja é a sutil combinação de cevada, trigo, aveia ou centeio. Os ingredientes são adicionados ao lúpulo, água e levedura. Falando assim parece uma receita simples. Mas dependendo das doses nessa combinação o resultado fica bem diferente da sua Skol gelada.

Nada contra a marca, ou qualquer outra mais popular. Mas é fácil perceber que o interesse do consumidor campo-grandense nas cervejas especiais está aumentando. A evidência mais recente e a multiplicação delas nas gôndolas dos supermercados.

Um exemplo é a artesanal brasileira Colorado Indica, encontrada por R$17,50 no supermercado Extra. Na composição dela, existe um leve toque de rapadura, que a diferencia das demais. A mais cara é a belga Chimay Blue, com um toque de rosas, e requinte que custa alto. Uma garrafa de um litro sai por R$ 51,00 no Comper Jardim dos Estados.

O Lado B percorreu as principais redes de supermercados de Campo Grande e anotou as marcas e valores das cervejas especiais disponíveis. Nessa busca, encontramos até rótulo japonês.

No Extra estão as alemãs Erdinger Dunkel (500ml R$17,19), Oettinger (forte por R$16,19, weiss por R$ 13,79 e original por R$ 13,85) e Guinness (440 ml por R$ 14,99). Na lista de nacionalidades, há também a americana Brooklyn (355ml  Langer de R$13,95 e Ipa R$ 13,89). Entre as importadas mais em conta, uma opção é a espanhola 1906, por R$ 4,25.

O Walmart vende as belgas Durvel (R$17,90) e Mareadsous (R$13,90), ambas de 330 ml. A alemã Paulaner de 500ml custa R$ 9,19 a original e R$ 12,40 a Salvator. Também é possível encontrar a marca Uruguaia, mas de fabricação brasileira, Nortenã, com 960 ml por R$ 7,99.

No Comper, além da Chimay, há alternativas mais em conta, como a japonesa Kirin Ichiban (330ml por R$ 4,99) e a alemã Hacker Pschorr (500ml por R$ 14,83). Também há brasileiras , como a Badem Badem (600ml por R$14,99) e outra também no topo das mais caras, a Therezópolis, por R$ 54,96 o jogo com uma taça e duas unidades de 330ml.

Marca japonesa à venda por R$ 4,99.
Marca japonesa à venda por R$ 4,99.

Degustar - Assim como é comum fazer com o vinho, a cerveja se harmoniza com a comida. E diferente do que nos foi ensinado pelas propagandas das grandes cervejarias, nada de beber estupidamente gelada, uma bom copo deve ser degustado levemente frio, para não adormecer a língua e perder o sabor.

Aquela cerveja que se compra no supermercado por um valor um pouco maior do habitual carrega uma história que envolve aquele processo de fabricação. Quem entende explica que a cerveja consumida em larga escala é bem diferente da que é degustada. “As grandes cervejarias responsáveis pelas cervejas populares acabam colocando milho ou arroz na hora da fabricação para baratear o produto o que prejudica o sabor”, diz o vendedor de cerveja e apaixonado pela bebida, Hugo Girelli, de 35 anos.

Hugo fez um curso de seis meses de degustação de cervejas bancado pela Mr. Beer, rede onde trabalha, mas antes de entrar no trabalho já tinha começado a estudar a bebida. O engraçado é que até provar uma cerveja especial ele detestava o tipo. “Eu achava ruim, mas na verdade é uma questão de conhecer. Nós brasileiros não temos tradição de cerveja e não sabemos escolher qual estilo nos agrada”, relata.

Com os conhecimentos adquiridos no trabalho com cerveja, Hugo avalia como positiva a chegada das marcas mais refinadas as gondolas e explica a lógica: quanto mais pessoas beberem essas cervejas, mas barata ela vai ficar.

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