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Sabor

No bate e volta, comida caseira é bom programa a 25 quilômetros de Campo Grande

Elci Holsback | 06/08/2016 07:10
Antônio gosta de cozinhar e ficou inspirado depois de conhecer vários restaurantes de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Antônio gosta de cozinhar e ficou inspirado depois de conhecer vários restaurantes de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Um lugar simples, mas aconchegante, com aquela cara da casa da vó. Sobre a mesa de madeira rústica, toalha xadrez e no ar aquele aroma característico de comida caseira. Assim é o Panela Preta, restaurante localizado no quilômetro 388 da BR 262, pouco depois de Terenos, município distante 25 km de Campo Grande. Para quem gosta de quebrar a rotina no fim de semana, é o tipo de lugar pelo qual vale a pensa fazer um "bate e volta".

Fruto do sonho do ex-representante comercial Antônio Carlos Leão Rodrigues, de 46 anos, o restaurante tem dois anos e meio e fama que atravessa os quilômetros que separam Terenos de outros municípios. O Lado B chegou até lá graças as postagens de clientes nas redes sociais.

Antônio gosta de cozinhar e ficou inspirado depois de conhecer vários restaurantes de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, que visitava durante suas viagens. "Indo a esses restaurantes eu percebia o que faltava, o que faria sucesso entre o público e como sempre gostei de cozinhar, decidi investir, com apoio da família e incentivo dos amigos", conta.

Lugar é simples, mas muito elogiado.
Lugar é simples, mas muito elogiado.

A comida é tipicamente caseira, tem até porco caipira. Na sexta-feira, o self service tinha arroz, feijão, quiabo, abóbora refogada, macarrão, carne de panela e saladas de legumes, tomate ou de repolho. Para quem quiser, o bife acebolado e o ovo é servido na mesa, fritos na hora. Aos finais de semana, o cardápio é incrementado com carnes de frango e porco caipiras. "Muita gente vem aos finais de semana só pelo porco, mas não pode faltar nunca a carne de panela, é o prato de maior sucesso", revela o proprietário.

Quando abriu o Panela Preta, Antônio teve a ajuda da mãe e também da esposa, Graziela, com quem é casado há 26 anos e tem três filhos adolescentes. O empreendimento familiar cresceu e hoje o restaurante conta com quatro funcionários. Mesmo assim, quem ainda "pilota" o fogão à lenha é Antônio.

Entre as pessoas que passam pela BR, muitos param já por conta da propaganda boca a boca, como a família do analista judiciário Albertino Neves. Ele, a esposa Elena, o filho Anderson e a neta Júlia saíram de Campo Grande especialmente para almoçar no local. "Meu genro mora em Terenos e recomendou o lugar, por causa do tempero, por isso viemos conhecer e gostamos muito", destaca Albertino que, após o almoço, sentou junto à família embaixo de um coqueiro na área externa do restaurante, outra vantagem do lugar.

Antônio lembra que o restaurante já recebeu até o aniversário de 90 anos de um campo-grandense que apareceu com a família. "O aniversariante comeu bastante e estava bem feliz. Além deles, tem um casal de Aquidauana que vem para cá só pela carne de panela".

A sobremesa não poderia ser diferente, é tipicamente caseira, afinal, o que pode substituir um doce de leite preparado no fogão à lenha? "Amanhã cedo já trazemos 20 litros de leite para preparar o doce. São horas de trabalho, mas vale a pena", conta o dono.

Fogão à lenha é fundamental na cozinha do restaurante.
Fogão à lenha é fundamental na cozinha do restaurante.

Além da comida e do espaço aconchegante, outro diferencial do restaurante é a atenção de Antônio que, entre fritar um bife e cuidar das panelas, vai em cada mesa conversar com os clientes e perguntar se está tudo bem. "Gosto de dar atenção, saber se estão gostando", comenta o sempre sorridente empresário que se aventurou na função de cozinheiro.

Apesar de o local ter uma grande churrasqueira, o proprietário adianta que ali não sai churrasco. "Não é nosso objetivo, quem quer comer churrasco espera rodízio e nosso foco é a comida caseira, simples, mas que agrade a todos", justifica.

Por semana, o Panela Preta recebe em média 200 pessoas, sendo 100 apenas no final de semana. A média de fluxo é de 30 pessoas no sábado e 70 no domingo. O valor da refeição é R$ 18,00, com buffet livre e sobremesa. Aos sábados e domingos, sobe para R$ 22,00.

Segundo Antônio, vem novidades por aí e, em 2017 o restaurante deve mudar de lugar, mais próximo à área urbana de Terenos. "Queremos diversificar mais o cardápio, oferecer mais opções, mas não vamos mudar nosso foco, da comida com cara de feita em casa", revela.

O Panela Preta atende de segunda à sexta-feira, das 6h às 15h, e aos finais de semana, das 7h às 15h. Para chegar, é fácil. Depois de Terenos, é só passar o posto da Polícia Rodoviária Federal e o restaurante fica à esquerda, a cerca de 1,5 quilômetro da PRF.

Antônio justifica que abre uma hora mais tarde aos sábados e domingos porque faz questão de ir pessoalmente à feira comprar os temperos para as refeições. "Eu gosto de escolher tudo para preparar a comida da melhor maneira".

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