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Sabor

Politicamente corretos têm de cardápio em braille a desconto para pós-graduado

Anny Malagolini | 18/03/2013 08:20
Restaurante dá desconto para quem é universitário ou pós-graduado.
Restaurante dá desconto para quem é universitário ou pós-graduado.

Não tem jeito, pela fidelidade dos clientes é preciso inventar moda. Melhor quando a ideia é também politicamente correta. Em Campo Grande, há restaurante que valoriza quem é pós-graduado e outro que facilita a vida de quem não enxerga. Ambos têm uma clientela mais popular, de gente que trabalha no Centro ou estuda em universidades.

Na hora do almoço, para ser diferente, a Pastel D’Ouro oferece cardápios em Braille. A novidade roda as mesas há um mês, para garantir o pedido correto de quem é deficiente visual. Mas o resultado ainda não foi como o esperado, diz Edmir Assunção Arnas.

O proprietário comenta que 2% dos seus clientes são deficientes visuais e quando pensava que iria agradar, veio a revelação. “Achei que ia ajudar, mas ninguém sabe ler em braille”. Mesmo assim, com o tempo e a propaganda boca-a-boca, ele espera virar referência para os cegos.

Cardápio em Braille é novidade há um mês.
Cardápio em Braille é novidade há um mês.

Do outro lado da cidade, o almoço é mais barato para quem faz faculdade, pós-graduação ou é professor, basta apresentar alguma identificação. A proposta não é nova, mas acrescentar a especialização à lista de beneficiados amplia as possibilidades para quem come e para quem serve.

Com aquele velho slogan “Universitário é tudo quebrado”, Adenilson Cunha, de 32 anos, abriu há cinco anos o restaurante Bom Tempero. As universitárias ganham R$ 4,00 de desconto no almoço. Para homens, a redução é menor, já que comem mais, com valor R$ 3,00 menor.

O sistema é self service, por preço cheio de R$12,00. O sucesso se vê pelo número de refeições diárias: 200 almoços, 40% deles para universitários.

O problema para o empresário é a concorrência. Os acadêmicos do curso de Odontologia da Universidade Federal, Marri Beatriz, 20 anos; Paula Werk, 21 anos e Leandro Camargo, 26 anos; lembram que o Bom Tempero é a segunda opção do grupo, já que o Restaurante Universitário, dentro da UFMS, tem valor muito menor. “No RU, o almoço prato feito pode custar R$ 2,50 para quem aluno e cadastrado". O que faz muitas vezes os três buscarem uma alternativa  é a lotação. "Lá é muito cheio e a comida não é tão boa quanto aqui”, explica Leandro.

Para professores, a economia é grande. Gislaine Vieira Carvalho, 29 anos, dá aulas em um colégio próximo ao restaurante e, de segunda a quarta-feira, almoça com o desconto. “No fim do mês, dá um certo alívio no orçamento”, justifica.

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