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Sabor

Restaurante tenta sofisticar o gosto sul-mato-grossense

Ângela Kempfer | 04/10/2012 09:37
Massas e ingredientes simples ganham outro sabor na cozinha contemporânea. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Massas e ingredientes simples ganham outro sabor na cozinha contemporânea. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Técnica francesa com sabor brasileiro, sem aquele preço astronômico. É um bom resumo para começar a falar do Jojô, restaurante de cozinha contemporânea, aberto em um dos endereços chiques da cidade.

Na Euclides da Cunha, a casa surgiu sofisticada. Tem carta de azeites de diferentes graus de acidez, pratos elaborados, decoração com lustres de cristais e música boa.

A atmosfera brasileira aparece mesmo é no cardápio, em letra e melodia. A tapioca vira “Dadinhos com Geléia de Pimenta”. O purê de mandioquinha fica granfino com camarão rose e manga caramelizada. O queijo coalho, o mesmo das praias do nordeste, é o acompanhamento ao risoto de carne de sol com a banana da terra. Na sobremesa, outra surpresa bem brasileira, sorvete de queijo com tempurá de goiabada.

“A maioria dos pratos é releitura de clássicos, sempre pensando no gosto de quem vive aqui. Respeitamos a falta de costume com esse tipo de cozinha”, explica o chef Marcílio Galeano.

Ele cresceu no bairro Taveirópolis, em Campo Grande, depois resolveu andar pelo mundo, até ficar conhecido no programa Super Chef, de Ana Maria Braga.

De volta à terrinha, fez algumas consultorias até abrir o próprio restaurante e hoje é quem dá as pitadas brasileira e sul-mato-grossense ao menu enxuto. “Não há frescura. A gente busca sempre ingredientes frescos e um bom tempero”, conta, lembrando que vai pessoalmente a Ceasa em busca do melhor e também faz parcerias para acrescentar a diferença ao cardápio. 

Espaço tem salão com mesas maiores (Foto: Rodrigo Pazinato)
Espaço tem salão com mesas maiores (Foto: Rodrigo Pazinato)
e também acomodações para um grupo menor (Foto: Rodrigo Pazinato)
e também acomodações para um grupo menor (Foto: Rodrigo Pazinato)

Entre os ingredientes, o chef usa o alho negro, fermentado e envelhecido, sem o sabor ardido que afasta alguns desse tipo de gustação. O produto é um dos assegurados na base da parceira. Assim como as facas artesanais para o cliente cortar o filé com gosto.

A carne, uma das preferências locais, também tem marca sul-mato-grossense, é Novilho Precoce. Em grandes bifes no estilo argentino, é servido como chorizo.

Aberto por 4 sócios, o Jojô quer deixar rastro. “Queremos ser um divisor de águas na gastronomia de Campo Grande”, avisa Marcílio. Para isso, da arquitetura ao atendimento, tudo parece ser pensado em detalhes.

O lugar tem espaço para 40 pessoas no salão, outras 20 na varanda e mais 9 no American Bar. As mesas são redondas, enormes, para uma família inteira, mas também há a acomodação para grupo menor, com 4 cadeiras. “Criamos um ambiente acolhedor e também não temos amarras. Um dia um cliente ligou e disse que queria uma paella. Na hora inseri no cardápio do dia para servir à noite”.

E o preço, em comparação com outras casas do mesmo padrão, é até convincente. Os risotos, por exemplo, tem valor a partir de R$ 39,00. “Quando abrimos definimos que primeiro viria o conceito, depois do lucro”, garante Marcílio.

O Jojô Cozinha Contemporâna está aberto de terça a sábado, das 19h às 00h, na Rua Euclides da Cunha, n.º 228. As reservas devem ser feitas pelo telefone 92379518.

No lounge, ao ar livre há ambiente para conversa. (Foto: Rodrigo Pazinato)
No lounge, ao ar livre há ambiente para conversa. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Dentro, o American Bar (Foto: Rodrigo Pazinato)
Dentro, o American Bar (Foto: Rodrigo Pazinato)
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