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Sabor

Veterinária chegou aos 100 kg, virou "crudívora" e agora dá cursos de culinária

A base dessa culinária é que nenhum dos alimentos são levados ao fogo.

Thailla Torres | 13/10/2016 06:15
Esse saladão de almoço é prático e fácil nos dias de verão.
Esse saladão de almoço é prático e fácil nos dias de verão.

Quando o assunto é comida vegana, o que não falta é gente pra torcer o nariz. E comida crúdivora? O nome diferente soa estranho, mas é simples e tem como base alimentação crua e saudável. No entanto, é preciso entender um pouco dos ingredientes e processos para que as receitas saiam como o esperado. Por isso, um curso de gastronomia crúdivora e vegana vai ensinar receitas doces e salgadas para quem quer entrar de vez nesse tipo de alimentação.

"É extremamente diversificada. Consumimos vegetais, legumes, frutas, cogumelos, oleaginosas, algas, sementes e grãos germinados. Fazemos uso dos desidratados, amornados, fermentados e marinados", detalha Lis Rosinato, de 30 anos, médica veterinária e adepta do crudivorismo.

Lis mora em Porto Alegre e vem a Campo Grande no dia 29 de outubro para ensinar as receitas que acabaram virando um estilo de vida. A escolha aconteceu em 2014, quando ela chegou a pesar 100 quilos.

Arroz de couve flor com tomate seco, pasta de gergelim e curry e suco de tomate no pimentão (Foto: Lis Raw)
Arroz de couve flor com tomate seco, pasta de gergelim e curry e suco de tomate no pimentão (Foto: Lis Raw)

"Fiquei doente e cansada de tomar medicações que não melhoravam minha qualidade de vida. Fui atrás de métodos alternativos, se tornar vegana sempre foi uma meta e sabemos que os produtos de origem animal são totalmente dispensáveis. Me deparei com o crudivorismo, que também é conhecido como uma dieta curativa e após efeitos positivos, resolvi aderir", descreve.

Durante o curso, serão ensinadas mais de 12 receitas que, além de crudiveganas, não contêm açúcar e glúten. Lis ainda orienta que as receitas, além de nutrir o corpo, aceleram o metabolismo, rejuvenescem e tem um bom custo benefício. "É mais econômico? Sim, uma pessoa pode ir 1 vez por semana à feira e ter um pequeno estoque de sementes e castanhas", exemplifica. 

A base dessa culinária é que nenhum dos alimentos são levados ao fogo. "O feijão e o grão de bico por exemplo, são leguminosas facilmente germinadas. O conteúdo de vitaminas das sementes cresce tremendamente quando são germinadas, além de se tornarem ricas em enzimas, também se tornam mais digestíveis. Basicamente é deixar a semente na água por 8 horas e depois no ar até sair o brotinho", detalha.

Mousse de abacate. (Foto: Lis Raw)
Mousse de abacate. (Foto: Lis Raw)

Entre as receitas, tem pizza preparada com grão de bico, que é germinado, e o broto que nasce é misturado à linhaça que ajuda a dar liga na massa.

Na fanpage de Lis no Facebook, também ensina pratos salgados e sobremesas com receitas simples para o dia a dia. Uma delas é o mousse de abacate, com a fruta bem madura e frutas passas (tâmaras ou ameixa preta), cacau puro (pode ser em barra, em pó, o que tiver em casa) e se necessário um adoçante (melado de coco ou maple).

Quando o chocolate em barra é usado, para derreter é necessária água quente, mas Lis explica que o aquecimento deve ocorrer só até a temperatura que a mão aguente.

A sugestão é também utilizar a sementes do abacate que é rica em antioxidantes, considerada também um poderoso antimicrobiano, antifúngico e antibiótico. No modo de usar, basta ralar um pouquinho em cima da comida ou usar no suco. "Mas se não quiser comer o caroço, coloque na água para depois plantar", sugere. 

O curso será realizado no dia 29 e 30 de outubro com aulas de 4 horas. O valor para inscrição é de R$ 180,00. Os telefones para contato é (67) 99103-1122 e José Julian (67) 99198-9172. Informações pela página do evento no Facebook

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