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Meio Ambiente

Após denúncia, Nelsinho afirma que problema do lixo será solucionao

Ítalo Milhomem | 18/07/2011 15:08

Após uma reportagem veiculada no programa Fantástico sobre a destinação irregular do lixo hospitalar em Campo Grande, o prefeito Nelsinho Trad (PMBD) veio a público explicar que o problema será solucionado até o final do ano.

O prefeito lembra que já havia um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) assinado junto com Ministério Público Estadual, que determinava que a prefeitura destinaria corretamente o lixo da Capital até junho deste ano, o que não foi cumprido. O prazo foi prorrogado até dezembro por conta das alterações nas normas sobre a destinação de resíduos sólidos.

Assinaram o TAC, o procurador geral de Justiça, prefeito, secretário municipal de meio ambiente, secretário municipal de obras e a promotora de meio ambiente.

Pelo acordo, até agosto deste ano a prefeitura se comprometeu a contratar empresa responsável pela coleta de resíduos sólidos, implantação da coleta seletiva, implantação de coleta de materiais perigosos e danosos ao meio ambiente, contrato com empresa especializada para ecopontos, licenciamento para recolhimento de material reciclado.

Em dezembro a prefeitura terá que entregar a licença ambiental do aterro sanitário, conclusão dos galpões e licença de operação da usina de processamento de lixo, licença para tratamento dos resíduos hospitalares, recuperação das áreas degradas do lixão, regularização do loteamento das casas populares para os catadores de materiais recicláveis do lixão.

Caso a prefeitura não respeite os prazos acordados, ela poderá ser multada pela promotoria do meio ambiente.

Nelsinho afirma que irá respeitar os prazos dados pelo MPE e que somente o primeiro item do TAC ainda não esta completo, mas todo o processo para resolução do problema do lixo da Capital, que existe há décadas está para ser solucionado. O prefeito argumentou que o problema do lixo urbano e hospitalar não é o único e exclusivo de Campo Grande e sim de todos os centros urbanos.

O prefeito culpou a burocracia nas liberações de licenças e as licitações que emperram o andar do processo. Nelsinho já tinha comentado com a reportagem de Campo Grande News que prorrogaria a licitação de todos os serviços relacionados ao lixo da Capital para realizar uma única licitação ano que vem.

“Você tem a licitação de toda uma política do lixo de uma cidade, uma licitação deste tamanho, o Brasil inteiro, empresas de todo mundo vem participar. É uma licitação que dá uma briga danada, se uma (empresa) entra na Justiça, eu já vou ter problema de cumprir este prazo”, comentou Nelsinho em uma entrevista na TV.

Segundo o prefeito, três empresas estão se instalando na Capital por meio do Prodes (Programa de Desenvolvimento Econômico e Social) para realizar a coleta de materiais perigosos e danosos ao meio ambiente.

“Seria muito simples para mim em 60 dias construir o aterro, pegar o lixo que vem da cidade, enterrar e acabou. Mas o que vou fazer com esse povo que vive do lixo. Da daí veio a ideia da usina de triagem, onde eles vão ser cadastrados em uma cooperativa, trabalhar com equipamentos de proteção individual para eles terem uma vida digna. Ninguém falou das 360 casas que eu estou construindo para poder abrigar eles e tirá-los dos barracos. Metade delas já estão prontas” explicou Nelsinho.

O caso- O Fantástico mostrou uma série de reportagens pelo País, sobre a destinação inadequada de lixo hospitalar. Uma das cidades citadas foi Campo Grande. Na matéria, a empresa Financial Ambiental, que trata da destinação final do lixo hospitalar da Capital é mostrada recolhendo seringas, medicamentos e outros materiais do Hospital Regional e os despejando junto com o lixo comum no lixão.

Funcionários que faziam a coleta, afirmaram que assim era feito regularmente com lixo recolhido de postos de saúde, hospitais e clínicas de Campo Grande.

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