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Meio Ambiente

Bombeiros registram aumento de 131% no número de incêndios

Viviane Oliveira | 30/06/2014 08:27
No último dia 21, um incêndio em uma área de pastagem às margens da BR-163, na saída de Campo Grande para Cuiabá (MT), ofuscava a visibilidade de motoristas que passavam pelo local. (Foto: Bruno Chaves)
No último dia 21, um incêndio em uma área de pastagem às margens da BR-163, na saída de Campo Grande para Cuiabá (MT), ofuscava a visibilidade de motoristas que passavam pelo local. (Foto: Bruno Chaves)

O Corpo de Bombeiros está registrando, neste mês de junho, aumento no número de focos de incêndio em terrenos baldios em Campo Grande, o que começa a preocupar, em razão da chegada do tempo seco. Até o dia 22 de junho, foram 67 focos de incêndio, 131% a mais que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram 29 ocorrências durante todo o mês.

Desde o começo do ano, até o dia 22 de junho, o Corpo de Bombeiros contabiliza 269 focos contra 438 no mesmo período de 2013, o que significa uma queda de 38%, explicada em parte pelo clima, mais chuvoso este ano.

No total, foram 888 registros durante todo o ano passado. Os incêndios são provocados, na maioria das vezes, para a queima de mato, limpeza de terreno baldio e queima do lixo. Colocar fogo em áreas urbanas é crime ambiental, além de prejudicar o meio ambiente e a saúde da população. O major da PMA (Polícia Militar Ambiental), Edmilson Queiroz, explica que quem for flagrado ateando fogo em terrenos vai pagar multa de R$ 1 mil. Já em área protegida o valor sobe para R$ 5 mil. Nos dois casos os valores são contabilizados por cada hectare.

Queiroz explica que a queima controlada é permitida pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) em áreas rurais, no entanto, no período de julho a outubro essa prática é proibida. “Infelizmente a queima controlada ainda é uma ferramenta agrícola muito utilizada”, diz o major.

Por causa da seca o fogo se alastra rápido, segundo o Corpo de Bombeiro e, na maioria das vezes, os danos são irreparáveis. Já os incêndios florestais matam os animais, destroem a vegetação e polui o meio ambiente.

A fumaça, também pode causar acidentes em rodovias e agravar problemas respiratórios. No último dia 21, um incêndio em uma área de pastagem às margens da BR-163, na saída de Campo Grande para Cuiabá (MT), ofuscava a visibilidade de motoristas que passavam pelo local causando transtorno.

No Estado - De acordo com o coordenador estadual do Prev Fogo, Alexandre Pereira, Campo Grande está em 9º lugar entre as cidades que mais registram focos de incêndio. A campeã é o município de Corumbá, com 261 focos até agora. Alexandre diz que neste ano cinco brigadas foram treinadas para atender algumas regiões do interior como Porto Murtinho, Corumbá, Miranda, Figueirão e Jateí. A maioria delas fica em áreas indígenas.

O coordenador explica que, neste ano o período mais crítico na região do Pantanal vai ser na segunda quinzena de agosto e no mês de setembro, por causa do pico da cheia do rio Paraguai, que deve ocorrer somente no fim de junho. “Na região do Pantanal, a queimada autorizada é proibida até o final de outubro”, afirma.

Em todo Estado, conforme Alexandre, foram registrados até agora 694 focos de incêndio, contra 616 no mesmo período do ano passado. Além de Corumbá, as cidades que mais sofrem com incêndios nesta época do ano são Aquidauana e Selvíria.

Em casos de incêndio, a pessoa deve acionar o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193. Ocorrência de fogo em terrenos sem autorização ambiental e com autor conhecido deve ser registrada na Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista) pelo telefone 3318-9011.

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