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Meio Ambiente

Convênio prevê R$ 1,3 milhão para tratar chorume gerado em aterro

Edivaldo Bitencourt | 15/05/2015 16:23
Centenas de trabalhadores ainda recolhem materiais reciclados do lixo (Foto: Marcos Ermínio)
Centenas de trabalhadores ainda recolhem materiais reciclados do lixo (Foto: Marcos Ermínio)

A Prefeitura de Campo Grande firmou convênio com a Águas Guariroba para tratar o chorume gerado pelo aterro sanitário Dom Antônio, na saída para Sidrolândia. A previsão é investir R$ 1,3 milhão no tratamento e acabar com a polêmica de que os cursos d’água da região estão sendo contaminados pelos resíduos sólidos.

O convênio foi firmado pelo prefeito Gilmar Olarte (PP), pela concessionária de água e a Solurb, responsável pela coleta do lixo, e terá o validade de 25 anos.

A Águas ficará encarregada pelo tratamento do chorume (líquido gerado pelo lixo) proveniente dos resíduos despejados no aterro sanitário, que conta com um sistema especial e captação.

No mês passado, a Justiça determinou a realização de perícia no aterro sanitário, que será feita pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). O juiz da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Marcelo Ivo de Oliveira, permitiu que os catadores continuem no lixão e manteve o despejo de resíduos no aterro.

A Justiça determinou no dia 17 de abril que o Imasul faça perícia, no prazo de 30 dias, para apurar contaminação do solo no aterro e do leito do rio Anhanduí. Com o fechamento do lixão, na saída para Sidrolândia, os catadores ficaram sem local de trabalho, pois a UTR (Unidade de Triagem de Resíduos) não está pronta. Neste cenário, foi aberta uma área de transição, em que os catadores recolhem os materiais recicláveis antes de o lixo seguir para o aterro sanitário.

A ação é movida pelo empresário Thiago Verrone de Souza, que denunciou a existência de uma lagoa de líquido tóxico gerado a partir da decomposição, conhecido como chorume, que alcança o leito do rio.

A ação faz parte de processo que apura irregularidades da CG Solurb no descarte do lixo. O consórcio emitiu nota informando que a área tem mais de 30 anos de disposição irregular de materiais, inclusive hospitalares.

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