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Meio Ambiente

Desvio irregular e bomba d´água aparecem no Córrego Segredo

Paula Vitorino | 18/08/2012 09:47
Local onde o leito foi desviado e começa a valeta. (Fotos: Minamar Júnior)
Local onde o leito foi desviado e começa a valeta. (Fotos: Minamar Júnior)
Espécie de bomba d'água utilizada ao lado do desvio. Equipamento geralmente é utilizado parar encher caminhão pipa.
Espécie de bomba d'água utilizada ao lado do desvio. Equipamento geralmente é utilizado parar encher caminhão pipa.

Além do assoreamento que a cada dia “enxuga” as águas do Segredo, o córrego agora enfrenta outra ameaça: o desvio do seu curso na região de uma das nascentes, no bairro Estrela do Sul. No local, ele deveria receber as águas do córrego Cerejeiras, mas a junção foi interrompida por entulhos, terra e manilhas.

Ao invés do cenário esperado às margens do córrego, com mata nativa e o leito correndo normalmente, o que se encontra é um “canteiro de obras”.

Terra vermelha e marcas de máquinas são a primeira visão, além dos entulhos utilizados para “secar” o curso normal. Os instrumentos foram utilizados para desviar a água, que agora passa por manilhas e forma uma valeta a alguns metros do leito natural.

A mata no local do desvio também foi destruída. Ao lado do desvio, ainda sobrou o que pode ser comparado a uma lagoa utilizada para lavagem de porcos. O cheiro é forte e a cor esverdeada.

Ao longo do desvio, vários pneus estão jogados na água e praticamente não existe mais mata nativa.

No terreno, existe uma espécie de bomba d'água, que deveria ser utilizada para retirar água da valeta.

Vizinhos contam que só perceberam o desvio depois que gados apareceram em propriedades diferentes. “Fomos ver por onde os animais tinham passado e vimos que conseguiram atravessar e vimos que o córrego estava desviado”, conta.

Algumas “pontes” de terra em cima da valeta foram construídas, o que permite a passagem.

Providências- O prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB), informou que ainda não localizou os responsáveis, mas já pediu para que a situação seja investigada. “Já mandamos verificar o que aconteceu, vamos punir os responsáveis, foi realmente um absurdo. Isso não pode acontecer”, disse.

“A gente teve todo o cuidado para preservar, organizamos a obra o tempo todo para preservar, aí vem em faz um negócio desses? O que é isso?”, questionou.

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