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Meio Ambiente

Erosão "engole" lago do Sóter e avança sobre cerca, pista e árvores

Liana Feitosa | 08/10/2014 14:26
Cratera engoliu lago, ameaça pista de caminhada, árvores e até mesmo a cerca. (Foto: Marcelo Calazans)
Cratera engoliu lago, ameaça pista de caminhada, árvores e até mesmo a cerca. (Foto: Marcelo Calazans)
Buraco gigante é resultado de erosão no parque. Com as chuvas, situação piora. (Foto: Marcelo Calazans)
Buraco gigante é resultado de erosão no parque. Com as chuvas, situação piora. (Foto: Marcelo Calazans)

O problema é antigo e parece longe de uma solução. O assoreamento e a erosão tomam conta do Parque Sóter, região norte da Capital, e o lago deixou de existir há anos. Em 2011, o Campo Grande News já noticiava a situação, que só piorou de lá para cá.

Formado pelo Córrego Sóter, o lago do Parque foi engolido pela terra, formando imenso buraco que ameaça a pista de caminhada, árvores e até mesmo a cerca. Segundo a professora Rosa Cleuza, que frequenta o local pelo menos três vezes por semana, há cerca de dois anos chuvas intensas atingiram o parque e causaram prejuízo. "A chuvarada erodiu um pedaço enorme, engoliu parte dessa pista aqui", diz, apontando para o caminho que percorre todas as semanas.

"Tiveram que interditar, nem dava para caminhar por aqui. Se ninguém tomar providência, pode prejudicar o parque. Tem que cuidar", completa a professora.

A ponte ainda está lá, mas lago se transformou em "fio d'água". (Foto: Marcelo Calazans)
A ponte ainda está lá, mas lago se transformou em "fio d'água". (Foto: Marcelo Calazans)

O autônomo Vilmar Gamarra também frequenta o parque e sempre leva a esposa Izabel e a filha Giovana. Para a família, o espaço é uma alternativa agradável e acessível, já que não é preciso pagar para utilizar o parque. No entanto, o descuido incomoda. "Se o poder público quiser, pode arrumar o parque e podemos continuar usando, porque é um lugar ótimo, a gente gosta muito", aponta.

Prefeitura - De acordo com a administração municipal, não há previsão de obras no Sóter. A informação da assessoria de imprensa do município é que primeiro serão feitas obras no Complexo Bálsamo, que também sofre com problemas graves de erosão. Ainda de acordo com a assessoria, serão utilizados recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) calculados em R$ 80 milhões. A liberação dos recursos ainda é aguardada.

Enquanto for possível, moradores da região continuam frequentando o local, como o comerciante Maurício Lara, de 72 anos, que elogia o ambiente apesar de decepcionado com a situação do parque. "Moro aqui pertinho, venho todos os dias caminhar aqui. Viajei, fiquei quatro meses fora e, quando voltei, tudo tinha sumido", conta, se referindo à falta de animais na paisagem.

"Antes, quando comecei a vir, tinha umas 40, 50 capivaras aqui. Cutia, umas 10, 12, todas ficavam aqui", diz o comerciante ao passar por um dos cantos do parque, sem parar a caminhada. "Nessa outra área aqui ficavam coelhos, mas não sei, sumiu tudo. O terreno andou desbarrancando muito e, se não cuidar, o parque acaba", finaliza.

Erosão compromete boa parte do parque da região norte da Capital. (Foto: Marcelo Calazans)
Erosão compromete boa parte do parque da região norte da Capital. (Foto: Marcelo Calazans)
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