Indígena paraguaio é preso com 4,1 mil iscas vivas que venderia para pescadores
A Polícia Militar Ambiental apreendeu 4,1 mil iscas vivas com um indígena paraguaio no porto geral de Porto Murtinho, cidade distante 431 quilômetros de Campo Grande.
O indígena estava em uma embarcação e trazia as iscas de Peralta, no Paraguai, em cinco tambores de 200 litros. O produto, segundo denúncias, seria vendido a pescadores profissionais da cidade, que legalizariam as iscas como se tivessem sido capturadas no Brasil.
Os pescadores que fizeram a encomenda das iscas fugiram no momento em que os policiais apreenderam o material no Porto. Além das iscas, foram apreendidos um motor de popa e um barco utilizado no crime ambiental.
O indígena foi autuado administrativamente e multado em R$ 4,7 mil. Ele também responderá por crime de introduzir espécie no País sem autorização do órgão ambiental competente. A pena para este crime é de três meses a ano de detenção.
No local, apareceu um pescador profissional de Porto Murtinho que afirmou ser o dono das iscas, mas no final acabou confessando que queria livrar o indígena da autuação.
O pescador levou multa de R$ 500, por causar embaraço à fiscalização. Ele também responderá por “obstar ou dificultar a ação fiscalizatória do Poder Público no trato das questões ambientais”, que prevê pena de um a três anos de detenção.
Segundo a PMA, as iscas foram soltas no Pantanal, na divisa com o Paraguai. Pela legislação de Mato Grosso do Sul, somente os pescadores profissionais podem fazer a captura de iscas para vendê-las aos comerciantes.