Para fortalecer bioma, projeto planta 2,5 mil mudas nativas no Pantanal
Pesquisadores terminaram nesta semana o plantio de 2,5 mil mudas de espécies nativas no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Os integrantes do Projeto Biomas vão acompanhar o crescimento destas plantas em pesquisas que vão ajudar, sobretudo, na conservação do bioma, que é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta.
Essa é uma das etapas do projeto. Mudas de manduvi, cumbaru, jatobá e piúva serão plantadas até 2017. Ao final do quarto ano, a área do plantio irá receber rebanhos bovinos. Os pesquisadores vão investigar o período de tempo pelo qual as plantas precisam ser isoladas do gado para que este não se alimente delas.
O projeto está focado também nas taxas de crescimento e sobrevivência das plantas, condições de adubação, podas de condução ideais das mudas, plantio de mudas versus plantio de sementes, recomendação de espécies adequadas para o plantio, além dos índices econômicos para avaliar a viabilidade econômica de cada modelo proposto.
Os replantios são parte dos estudos realizados pelo projeto, que avaliam plantios inéditos na região, segundo a coordenadora regional Catia Urbanetz, pesquisadora da Embrapa Pantanal.
"Medindo a sobrevivência das espécies, a gente pode recomendar com mais segurança aquelas que realmente podem ser plantadas dependendo das condições do local. A gente atingiu cerca de 85% das ações de plantio previstas pelos projetos atualmente financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Três deles já estão com os plantios 100% finalizados. Agora é preciso concluir as etapas previstas de acompanhamento dos experimentos".
O projeto Biomas no Pantanal vai até 2019. Os próximos plantios serão realizados assim que começarem as chuvas de novembro. "Como plantios como esses nunca haviam sido feitos aqui, vamos continuar aprendendo", disse a pesquisadora.
