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Meio Ambiente

Pecuária enfrenta a pior cheia do rio Paraguai nos últimos 3 anos

Mariana Lopes | 26/06/2014 18:04
Cheia do rio Paraguai atinge 5,38 metros na estação de Ladário (Foto: Prefeitura de Corumbá)
Cheia do rio Paraguai atinge 5,38 metros na estação de Ladário (Foto: Prefeitura de Corumbá)

Os proprietários rurais da região do Pantanal de Nabileque, Jacadigo e Abobral enfrentam a pior cheia do Rio Paraguai nos último 3 anos. A régua da estação de Ladário estacionou com 5,38 metros de altura e a previsão é de que a água comece a baixar daqui a 30 ou 60 dias, segundo o presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Luciano Aguilar. No terceiro alerta da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a previsão é de que o rio chegue a 5,5 metros de altura.

Nas regiões afetadas pela água, 80% dos animais já foram retirados e levados para áreas altas, mas, de acordo com Aguilar, ainda tem proprietário rural fazendo o manejo de rebanho. “O problema é que tem fazendeiro que não tem para aonde levar o gado, por isso, faremos um leilão de alguns animais”, ressalta o presidente do sindicato.

O leilão será realizado no dia 11 de julho, no tatersal do Parque de Exposição Belmiro Maciel de Barros, em Corumbá, cidade a 419 quilômetros de Campo Grande. Na véspera do leilão, os gados que forem retirados das propriedades alagadas para serem leiloados ficarão em um pasto para descanso. Os animais serão transportados em uma lancha boieira da sub-região do Paiaguás, uma das mais afetadas pela enchente deste ano.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural, este ano a cheia não resultou em mortes de gados, como ocorreu na última pior cheia do Pantanal, em 2011. “O prejuízo foi mais por causa do manejo, mas os pecuaristas se preveniram e começaram a retirar os gados em abril, quando viram que o rio encheu quatro vezes mais neste ano, em Cáceres, no Mato Grosso”, explica Aguilar.

Os proprietários rurais devem começar a retornar o gado assim que a água do rio Paraguai começar a baixar. Em Ladário, a água está com 3,36 metros acima do nível normal do rio. Em todo o Pantanal, há 1,9 milhões de cabeças de gado, segundo o presidente do Sindicato Rural.

Vacinação - Apesar das dificuldades de acesso e manejo do gado, os pecuaristas do Pantanal de Corumbá mantêm a vacinação do rebanho contra a febre aftosa, cumprindo o calendário da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal). A imunização foi prorrogada até 4 de julho.

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