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Meio Ambiente

PF de Dourados flagra agrotóxico em apartamento de alvo de operação

Aline dos Santos | 14/03/2012 11:37

Mandado de prisão ainda não foi cumprido

Embalagens foram apreendidas durante operação da PF. (Foto: Divulgação)
Embalagens foram apreendidas durante operação da PF. (Foto: Divulgação)

A PF (Polícia Federal) de Dourados apreendeu embalagens de agrotóxico no apartamento de um suspeito de integrar um esquema de contrabando de defensivos agrícolas. O suspeito, que teve mandado de prisão temporária expedido na operação São Lourenço, realizada nesta quarta-feira, ainda não foi localizado.

A ação foi deflagrada pela PF de Rondonópolis (Mato Grosso). De acordo com o Portal G1, 16 suspeitos foram presos, além da apreensão de três veículos, US$ 1,4 mil dólares e uma tonelada de agrotóxico.

Ao todo, foram expedidos 21 mandados de prisão temporária, 37 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de condução coercitiva nas cidades de Rondonópolis (MT), Poxoréu (MT), Primavera do Leste (MT), Jaciara (MT), Campo Verde (MT), Nova Xavantina (MT) Dourados (MS), Fernandópolis (SP), São José do Rio Preto (SP), Monte Aprazível (SP), Miguelópolis (SP) e Ituverava (SP).

As investigações da operação São Lourenço começaram em 2010, com a instauração de 10 inquéritos em diferentes flagrantes de contrabando e/ou falsificação de agrotóxicos.

Durante o processo investigatório foram desmanteladas duas fábricas clandestinas de agrotóxicos, com a apreensão de mais de 7 toneladas/litros de agrotóxicos ilegais (falsificados e contrabandeados) e diversas embalagens, rótulos, e materiais utilizados na falsificação.

Foram identificados dois grupos diferentes de criminosos. Um grupo, responsável por contrabandear do Paraguai, via Mato Grosso do Sul, falsificar e vender agrotóxicos. Outro de fazendeiros consumidores do produto de crime.

Os agrotóxicos – que podem chegar a 20 mil reais o quilo-, eram oferecidos a fazendeiros da região de Rondonópolis e interior de Mato Grosso a preços bem abaixo do mercado. Na venda, era oferecida uma amostra de agrotóxico original. Após comprarem o agrotóxico, os fazendeiros recebiam toneladas dos materiais falsificados ou contrabandeados.

Ao comprar agrotóxico sem comprovação de procedência, os fazendeiros cometem o crime previsto no artigo 15 da lei nº 7802/89, a Lei de Crimes Ambientais.

Quanto aos vendedores e falsificadores, responderão por formação de quadrilha, falsificação, contrabando e crime ambiental. Dois irmãos comandavam esse grupo e já foram presos por tráfico de drogas, estelionato, falsificação e uso de documento falso, crimes contra o sistema financeiro, além de serem reincidente no contrabando de agrotóxicos.

O nome São Lourenço faz referência ao principal rio da região de Rondonópolis, a vítima mais imediata da ação criminosa no uso de agrotóxicos.

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