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Meio Ambiente

Prédio construído em cima de nascente bombeia água 24h e causa polêmica

Viviane Oliveira | 23/08/2013 17:27
Sistema de bombeamento, que fica na frente do prédio. (Foto: Pedro Peralta)
Sistema de bombeamento, que fica na frente do prédio. (Foto: Pedro Peralta)

Um condomínio de luxo da Plaenge, na Rua Brasil, em Campo Grande, construído em cima de uma nascente está causando polêmica entre os moradores e os vizinhos da região. Isso porque, para manter em pé o prédio que foi construído em cima de uma mina d’água, foi aplicada uma técnica para drenar a água do local através de um sistema de bombeamento.

Basta chegar próximo do condomínio Pablo Picasso para ouvir um barulho muito forte de água, onde foi feita uma galeria pluvial para captar a água que fica minando embaixo do prédio e direcioná-la para um córrego. O sistema de bombeamento, que funciona 24 horas, fica em frente ao condomínio.

Alguns moradores entraram com uma ação judicial em que questionam o aumento de energia elétrica por conta das bombas, que fazem a drenagem. Outro questionamento é se a água desperdiçada diariamente é potável. A Plaenge diz que não, pois se trata de água superficial, que contém inclusive, coliformes fecais.

A construtora explica que a solução adotada para terrenos, como o Edifício Pablo Picasso, consiste em um sistema de bombeamento que direciona o excesso de água de chuva no subsolo, devolvendo para as galerias de águas pluviais. “A água vai para o córrego, mesmo destino se não tivesse o prédio no local”, diz o gerente regional da Plaenge, Luiz Otávio.

Conforme a empresa, esta técnica de engenharia é autorizada pelos órgãos de meio ambiente e não causa desperdício, porque devolve a água para o meio ambiente. Afirma ainda que o projeto do edifício seguiu os trâmites legais, depois de finalizada a obra foi aprovada e concedidas todas as licenças, como por exemplo, o habite-se. Documento que comprova a legalidade do empreendimento estabelecida pela prefeitura para aprovação de projetos.

A síndica do condomínio, Zilda Mendonça, não quis entrar em detalhes e se resumiu em dizer que já pediu explicação junto a Plaenge. Segundo ela nenhum morador reclamou para ele sobre o bombeamento de água.

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