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Meio Ambiente

Prefeitura inicia remoção de árvores que apresentam risco de queda

Carlos Martins | 02/12/2010 12:09

O projeto, uma parceria entre a Prefeitura de Campo Grande e a Enersul, já mapeou pelo menos 200 árvores em situação precária.

 Prefeitura inicia remoção de árvores que apresentam risco de queda

O início da remoção de uma árvore que apresentava risco de queda no centro de Campo Grande marcou nesta quinta-feira o lançamento do Plano Verão. O projeto, uma parceria entre a Prefeitura de Campo Grande e a Enersul, já mapeou pelo menos 200 árvores nesta situação. A árvore que começou a ser retirada tinha entre 30 e 40 anos e apresentava uma rachadura no tronco colocando em risco uma floricultura localizada na esquina das ruas 26 de Agosto com a 13 de Maio. Neste trecho, entre a 13 e a Rui Barbosa outras três árvores serão retiradas.

“Este projeto de revitalização começa na área central, mas será estendido aos bairros. Todas as árvores removidas serão substituídas. O aspecto verde de Campo Grande será preservado”, garantiu o prefeito Nelsinho Trad (PMDB), que acompanhou o início do projeto ao lado do secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Marcos Cristaldo e da coordenadora da Área Ambiental da Enersul, Ana Luzia Abrão. Em setembro, a Semadur começou o Programa Viva Verde que plantou até agora 400 mudas de árvores no centro. A meta é promover o plantio anual de 10 mil mudas em todas as regiões da cidade.

O Plano Verão tem três fases: diagnóstico, remoção (se for o caso) e depois a substituição. O mapeamento das árvores que estão sob risco é feito por uma equipe de agentes fiscais do meio ambiente composta por biólogo, agente florestal e agrônomo. A pessoa interessada deve se dirigir até a sede do Centro de Atendimento ao Cidadão na Rua Cândido Mariano para solicitar a vistoria. A equipe vai até o local para fazer um diagnóstico da situação e depois emite um laudo dizendo se o caso é de poda, tratamento contra praga ou de remoção.

“O Plano Verão é uma conseqüência do Plano Diretor de Arborização Urbana que em 2009 fez um diagnóstico de toda a arborização e de 152 mil calçadas”, explicou o secretário Marcos Cristaldo. Como no período de chuvas ocorrem temporais, o plano consiste na remoção daquelas árvores que estão em situação mais precária. São parceiros a Agetran, a Seintrha (Infraestrutura), a Semadur e a Enersul, que atua quando as árvores estão sob a rede elétrica. Fora dessa situação, a poda ou corte é feito por uma empresa terceirizada, contratada pela prefeitura.

“Nós apoiamos na supressão de árvores que estão debaixo das redes e que envolve grande risco às equipes. Fornecemos o equipamento, caminhão com o cesto, e pessoal especializado”, explicou a coordenadora da Área Ambiental da Enersul, Ana Luzia Abrão. A poda é importante, porque mesmo com o trabalho preventivo, de janeiro até novembro foram registradas três mil ocorrências de galhos que atingiram os fios, prejudicando 160 mil clientes.

Ademir Pereira Gomes teve presjuízo de 1,5 mil com galhos que cairam em telhado.
Ademir Pereira Gomes teve presjuízo de 1,5 mil com galhos que cairam em telhado.

Espera - Em outubro de 2008 um galho da árvore que começou a ser removida nesta quinta-feira pela prefeitura caiu sobre o telhado de uma floricultura localizada na esquina das ruas 26 de agosto e 13 de Maio. O prejuízo custou R$ 1,5 mil e foi bancado pelo proprietário Ademir Pereira Gomes, que imediatamente entrou com o pedido para a remoção. Dois anos depois, finalmente a árvore começou a ser removida.

“Já meu deu trabalho esta árvore. Já rebentou muita telha e o medo era que caísse do lado de dentro”, disse o proprietário, que está no local há 16 anos. Na parte interna do prédio tem um espaço para estacionamento de um restaurante que fica na parte de cima. Muitos carros de clientes foram danificados por conta de galhos que caíram por causa de ventanias.

O chefe da Divisão de Parques e Áreas Verdes da Semadur (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), Orsival Simões Júnior, explicou que a demora no atendimento do pedido foi em decorrência do volume de solicitações. Por mês, a secretaria recebe, em média, 110 pedidos para poda ou remoção de árvores. “Tivemos dificuldades com o cronograma de atendimento e também com o acerto das parcerias”, justificou.

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