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Meio Ambiente

Prefeitura retoma projeto de preservação ambiental orçado de R$ 4 milhões

Caroline Maldonado | 18/07/2014 10:13
Prefeito se reuniu com os representantes do programa (Foto: Divulgação/Semadur)
Prefeito se reuniu com os representantes do programa (Foto: Divulgação/Semadur)

O Programa Manancial Vivo, criado em 2009 para preservar áreas de proteção ambiental, que estava suspenso desde o ano passado, foi retomado neste ano. Para discutir as diretrizes do projeto, o prefeito Gilmar Olarte (PP) se reuniu, na quinta-feira (17), com secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, João Alberto dos Santos e representantes da ANA (Agência Nacional das Águas) e da WWF-Brasil, que disponibilizou R$ 1 milhão para dar sequência ao programa. Ao todo são previstos R$ 4 milhões para incentivar produtores a preservar o meio ambiente.

A bacia hidrográfica do Guariroba, responsável por aproximadamente 60% da água que abastece Campo Grande é beneficiada com o programa, voltado a ações de preservação em 62 propriedades rurais. A iniciativa é uma experiência-piloto, que segue os conceitos do Programa Produtor de Água, desenvolvido pela ANA, com voluntários para restauração do potencial hídrico e do controle da poluição difusa no meio rural.

Olarte garantiu empenho de sua equipe para avançar com o projeto. “Fui informado que dos treze proprietários rurais que aderiram ao programa, apenas cinco avançaram na proposta. Não podemos permitir que um projeto desta importância perca a sua força e ritmo como aconteceu até o ano de 2012. Vamos avançar e trazer essas propriedades rurais para dentro do programa, efetivamente”, disse o prefeito.

De acordo com a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), o programa prevê pagamento para produtores rurais que adotem práticas e manejos conservacionistas e de melhoria da distribuição da cobertura florestal na paisagem, para contribuir com o aumento da infiltração de água e para o abatimento da erosão, sedimentação e incremento de biodiversidade.

Segundo João Alberto, os proprietários rurais que já adotam essas práticas nas bacias receberão incentivos se mantiverem seu comprometimento. “Os pagamentos aos proprietários rurais serão baseados na realização e manutenção das práticas recomendadas pelos técnicos do projeto. O programa disponibiliza, gratuitamente, equipe técnica para elaboração dos projetos e assistência técnica para a execução de todos os projetos que atendam aos objetivos do Programa Manancial Vivo”, explicou.

O recurso anual é do Fundo Municipal de Meio Ambiente. Atualmente, cinco propriedades rurais estão inseridas no programa. O superintendente da ANA, Ricardo Medeiros de Andrade disse que o grupo está otimista com o novo governo municipal. “Em pouco tempo de governo, a atual gestão nos chamou de volta e demonstrou que entendia a importância de retomar os trabalhos com a mesma força que vinha acontecendo. Hoje, temos R$ 4 milhões já disponíveis para o programa e vamos dar sequência ao trabalho que busca melhorar as condições do solo e da água do principal manancial de Campo Grande. Esse esforço concentrado da Prefeitura é essencial para o sucesso do projeto”, afirmou Andrade.

A WWF-Brasil atua no programa por meio de aporte financeiro do Banco do Brasil, que desenvolve o programa “Água Brasil”. “Estamos animados com a retomada do programa e a expectativa é planejar as ações para os próximos cinco anos. Fico feliz em observar a vontade política da atual gestão, que demonstra com essa atitude o seu comprometimento para com o meio ambiente e, consequentemente a população”, disse o superintendente de Conservação da organização, Michael Becker.

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