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Meio Ambiente

Residencial garante que choque em capivaras tem baixa voltagem

Viviane Oliveira | 12/06/2013 09:05
Cercado para as capivaras não entrarem na área residencial. (Foto: Cleber Gellio)
Cercado para as capivaras não entrarem na área residencial. (Foto: Cleber Gellio)

O morador do Damha I, Antônio Ferreira Júnior, que faz parte da diretoria da Associação local, afirma que a cerca elétrica "com baixa voltagem" ao redor do lago artificial do residencial é para manter as capivaras no ambiente natural e não ferir os animais. 

Depois de denúncia, de que as capivaras levam choque elétrico ao tentar entrar no lago artificial que fica dentro do condomínio, o caso ganhou repercussão nas redes sociais. 

O condomínio de luxo está ao lado da APA (Área de Preservação Ambiental) Lageado, região do bairro Maria Aparecida Pedrossian, na saída para Três Lagoas. Na área, se concentra um grande número de roedores dessa espécie, que entram no residencial pelo córrego Lageadinho.

Além das capivaras, no local há tucanos, araras, lobinhos, jacarés, peixes, patos selvagens, macacos. Segundo Antônio, a retirada das capivaras, que hoje vivem em uma área de 45 hectares, já está sendo planejada.

De acordo com o morador, de 2005 para cá o número de capivaras aumentou muito no local e elas passaram a entrar no limite do residencial. “Nós apenas estamos seguindo a lei isolando a área para evitar o contato delas com os humanos e que o ambiente delas seja preservado”, diz, acrescentando que pelo menos 80 capivaras vivem ao lado do condomínio.

Antônio disse que os moradores já foram alertados pelas autoridades sanitárias que os roedores são vetores da leishmaniose visceral e da febre maculosa, doença transmitida por carrapatos. Por conta disso, vários órgãos ambientais foram acionados.

Inclusive, afirma Antônio, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) foi até o local e emitiu um relatório dizendo que não foi observado nenhum impedimento para a implantação de uma barreira para impedir o acesso das capivaras no residencial.

No relatório do órgão de 2013 consta que durante a vistoria foi localizado em torno do lago e na área residencial grande quantidade de fezes, destruição de plantas nos jardins das casas, além da invasão dos animais na piscina e em fontes ornamentais.

Quanto à cerca elétrica, o morador explica que é uma contenção para animais de pequeno porte com baixíssima corrente elétrica e totalmente inofensiva a humanos e animais. “Os animais não sofrem. Após o primeiro contanto eles não se aproximam mais”.

O MPE (Ministério Público Estadual) instaurou inquérito no mês passado para verificar se há irregularidade ambiental na construção da cerca as margens da represa do Córrego Açude. “Esse procedimento foi solicitado pelos próprios moradores para ser resolvido qualquer irregularidade no procedimento”, finaliza.

A capivara, que é um dos símbolos da cidade, é encontrada em vários pontos: como altos da Avenida Afonso Pena e Lago do Amor, na avenida Filinto Muller e no campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). O animal faz parte da nossa fauna nativa e é protegida por uma lei federal de crimes ambientais, que proíbe a caça, perseguição, destruição e comercialização.

Antônio diz que a cerca é uma contenção para animais de pequeno porte com baixíssima corrente elétrica e totalmente inofensiva. (Foto: Cleber Gellio)
Antônio diz que a cerca é uma contenção para animais de pequeno porte com baixíssima corrente elétrica e totalmente inofensiva. (Foto: Cleber Gellio)
Segundo Antônio a retirada desses animais, que hoje vivem em uma área de 45 hectares, já está sendo planejada. (Foto: Cleber Gellio)
Segundo Antônio a retirada desses animais, que hoje vivem em uma área de 45 hectares, já está sendo planejada. (Foto: Cleber Gellio)
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