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Meio Ambiente

Tecnologia é usada por ONGs que trabalham para salvar cabeceiras de rios

Renata Volpe Haddad | 14/06/2016 12:23
Tecnologia tem sido usada para ajudar ONGs que trabalham para salvar as cabeceiras dos rios do Pantanal. (Foto: Divulgação)
Tecnologia tem sido usada para ajudar ONGs que trabalham para salvar as cabeceiras dos rios do Pantanal. (Foto: Divulgação)

A tecnologia de última geração tem sido usada para ajudar as ONGs (organizações não governamentais) a acompanhar por meio da web o avanço da degradação ambiental e propor ações imediatas para garantir a conservação de regiões de extrema sensibilidade, como o Pantanal.

O monitoramento da bacia do Rio Paraguai, atualmente ameaçada pela agricultura, conta com a ajuda da alta tecnologia, por iniciativa do IHP (Instituto Homem Pantaneiro).

Projeto Cabeceiras do Pantanal que foi lançado em 2012 pelo instituto, inovou em iniciativas de conservação ambiental ao incorporar uma série de soluções tecnológicas desenvolvidas pela AgroTools, maior empresa de big data do País e líder mundial no processo de geomonitoramento de riscos de ativos biológicos. O projeto iniciado no Norte de Mato Grosso, da bacia do Alto Paraguai, hoje integra todo o sistema hidrográfico do Pantanal.

Uma das novidades anunciadas pelo IHP, foi a disponibilização de duas plataformas públicas, que é um site, o Geopantanal, e o aplicativo GeoBrother, que é um banco de dados sobre a bacia, utilizando imagens de satélites, de extrema relevância para a pesquisa e órgãos de fiscalização, e um dispositivo para Android e iOS com a função de registrar crimes ambientais em tempo real.

Aplicativo e site possibilitam a divulgação dos problemas enfrentados pela planície pantaneira e no seu entorno. (Foto: Divulgação)
Aplicativo e site possibilitam a divulgação dos problemas enfrentados pela planície pantaneira e no seu entorno. (Foto: Divulgação)

O aplicativo para celular será distribuído às lideranças ou organizações ambientais previamente cadastradas, denominados guardiães, com a tarefa de registrar com fotografias as nascentes de sua área de atuação. Essas imagens serão inseridas na plataforma GeoPantanal, gerenciada pelo IHP, ajudando a ampliar as informações existentes e facilitando no monitoramento e controle ambiental.

Para o presidente do IHP, Ângelo Rabelo, a soma de esforços entre os parceiros, assegura o crescimento contínuo do agronegócio, sem que se abra mão da lucratividade e, ao mesmo tempo, da biodiversidade. "Isso é fundamental, afinal, 70% dos alimentos que consumimos dependem da biodiversidade, para a qual, muitas vezes, o ser humano dá as costas, desprezando, sem pensar no futuro.”

Preservação - De 2015 até agora, essa plataforma passou a armazenar os dados no Projeto Cabeceiras, por meio da coleta de informações territoriais que permitam a ação nos pontos mais críticos das nascentes dos rios do Pantanal. A plataforma é geocolaborativa, pois reúne informações de diferentes modos e estará disponível para pesquisadores, gestores, técnicos ambientais e todos os interessados na preservação da região.

O projeto Cabeceiras do Pantanal passa a contar, além da participação da Agro Tools, da Rede Amolar, Fundação Neotrópica, Fundação Ecotrópica, RMT (Rede Mato-grossense de Televisão), UFMS/CPAN (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/Campus Pantanal), IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Instituto Arara Azul e SOS Pantanal.

Os convênios foram assinados esta semana em Campo Grande com a presença do deputado estadual Paulo Corrêa (PR), que vão desempenhar uma tarefa fundamental nesse processo.

Para o biólogo da área técnica da Fundação Neotrópica do Brasil, Nicholas Kaminski, a plataforma GeoPantanal possibilitará, principalmente, na divulgação dos problemas enfrentados pela planície pantaneira e no seu entorno. “Ela colabora na conscientização da sociedade e na cobrança de auxílio das autoridades, na busca da prevenção ambientais desses locais identificados pela ação integrada”, justifica.

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