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Meio Ambiente

Umidade em baixa e falta de chuva compõem o cenário de queimadas na Capital

Paula Maciulevicius | 02/08/2012 12:15

As conversas de elevador "será que chove?" estão em alta, agora mais do que nunca

O cenário mais visto e sentido, de longe, são as queimadas que cobrem rodovias, como a BR-163 e bairros da Capital. (Foto: Minamar Júnior)
O cenário mais visto e sentido, de longe, são as queimadas que cobrem rodovias, como a BR-163 e bairros da Capital. (Foto: Minamar Júnior)

A cortina de fumaça que cobria a BR-163, próximo ao macro anel na manhã de hoje é o cenário que o sul-mato-grossense está acostumado a ver nesta época do ano. A queimada e a fuligem são o resultado da falta de chuva com a baixa umidade do ar. E o desfecho é sentido pela população que sofre esperando que ela, a chuva, esteja prevista na meteorologia.

Na verdade, nos meses que seguem a partir de julho, o corpo já está pedindo que ela venha de repente mesmo. Pegue de surpresa, desprevenido, sem guarda-chuva, que reclamações não vai haver.

Na época em que a meteorologia passa a ser obrigatoriamente assunto do dia, o “será que chove hoje” deixou de ser apenas conversa de elevador.

Nesta semana, segundo o meteorologista Natálio Abrahão, o que o campo-grandense em especial vive é a umidade relativa do ar em baixa. O termo estiagem ainda não cabe para os últimos dias, porque chuva até que caiu, mas bem pouca.

Alguns pontos de leitura da estação meteorológica da Anhanguera/Uniderp captaram água do céu na região Leste, nos dias 25 e 26 de julho, mas nada que ultrapassasse a marca de 0,4 milímetros. “No entanto, nas demais regiões, a última chuva foi dia 8 de julho”, completa o meteorologista.

Pois é, a chuva parece que está de ‘mal’ do sul-mato-grossense em geral. Em Corumbá, por exemplo, a região não registra nenhuma gota há 41 dias.

Em Miranda e nas proximidades, a chuva também não aparece desde o dia 16 de julho, quase há três semanas. Em Paranaíba, a última vez que a região viu água cair do céu, foi dia 13.

Para o Norte a situação é ainda pior. Em São Gabriel do Oeste, a chuva veio no dia 8 de julho, mas quase não pode ser considerada, foram 0,4 milímetros.

A umidade relativa do ar está na ‘beirinha’ dos 30% ou abaixo disso. Em Campo Grande, a dificuldade em respirar, pele seca, irritação nos olhos e alergias atacadas encontra um só explicação. A culpa é do índice, que está em 32% nesta quinta-feira.

O Norte do Estado volta a ter destaque. Sonora, Pedro Gomes, Alcinópolis e em Coxim, o percentual fica abaixo dos 25.

A pergunta que a partir de agora quem prevê a meteorologia mais vai ouvir é: “e quando vem chuva?”. Natálio Abrahão responde “Vamos ter chuva em agosto, não vai ser totalmente seco não. Pelo menos no Centro-Sul deve ocorrer aproximadamente dentro do esperado”, diz.

Os valores esperados são de até 25 milímetros. Até 1 milímetro desta chuva cair, a pergunta mais ouvida nos elevadores vai permanecer.

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