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Meio Ambiente

Vereador e ambientalista pretendem embargar obra em área desmatada do exército

Filipe Prado | 05/02/2014 19:55

Mesmo com autorização de supressão de vegetação, expedida pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)”, ambientalista garante que o Exército está irregular e tentará embargar a obra. Ele relatou que para realizar o desmatamento é necessário ter um licenciamento ambiental e não uma autorização.

De acordo com o coordenador do Fórum de meio ambiente e desenvolvimento sustentável de Mato Grosso do Sul, Haroldo Martins Borralho, o Ibama não pode autorizar este tipo de obra e que “eles estão totalmente fora da lei”. “Autorização não é licenciamento ambiental. Eles deveriam ter feito uma audiência pública. Campo Grande foi surpreendida”.

Haroldo ainda contou que o vereador Eduardo Romero (PT do B), que é o presidente da Comissão de Meio Ambienta da Câmara Municipal, irá se pronunciar amanhã (06) na sessão da Câmara Municipal.

O vereador tentará requisitar junto a Procuradoria Federal da República um ofício ao exército, para que eles tenham que apresentar o EIA (Estudo de Impacto Ambiental), o Rima (Relatório de Impacto de Meio Ambiente), além do licenciamento ambiental. “Se eles não fizerem isso, irão infringir a lei e vamos tentar embargar isso, pedir para o procurador intervir”, comentou Haroldo.

Desmatamento - O Exército desmatou parte da área, que fica atrás do Cemitério Santo Amaro, para a construção de um novo quartel. De acordo com ambientalistas, a ação não tem licenciamento ambiental, irá acabar com 460 hectares de fauna e flora, que estariam uma área de preservação ambiental.

De acordo com a assessoria de imprensa do CMO (Comando Militar do Oeste) será construído o 9º Batalhão de Comunicações, que foi “devidamente aprovado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)”. Eles afirmaram que a área desmatada corresponde a 20 hectares.

O desmatamento foi realizado por uma empresa terceirizada e acompanhado por um biólogo e um engenheiro agrônomo. A autorização de supressão de vegetação foi expedida no dia 27 de novembro de 2013, pelo presidente do Ibama, Volney Zanardi Junior.

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