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Política

Base aliada 'cochila' e convocação de prefeito gera polêmica na Câmara

Leonardo Rocha e Kleber Clajus | 21/08/2014 13:31
Aprovação de requerimento gera polêmica, vereadores voltam atrás de decisão (Foto: Kleber Clajus)
Aprovação de requerimento gera polêmica, vereadores voltam atrás de decisão (Foto: Kleber Clajus)

A base aliada do prefeito Gilmar Olarte (PP) 'cochilou' na Câmara Municipal de Campo Grande, ao aprovar hoje (21) requerimento que solicitava a convocação do prefeito para explicar o arrendamento do Hospital Sírio Libanês, na Capital. Depois de observar o "erro", os vereadores voltaram atrás ao revisar os 22 votos favoráveis a proposta que, no final da sessão, foi rejeitada.

A situação gerou polêmica entre base e a oposição do prefeito, já que aqueles que eram favoráveis ao requerimento afirmaram que após sua aprovação, este não poderia ser revisado. Procuradores jurídicos da Casa de Leis foram consultados sobre a manobra, que acabou permitindo nova análise e votação sobre o tema.

Tudo começou quando a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) colocou dois requerimentos para votação, o primeiro sobre convocação do prefeito e outro solicitando informações técnicas sobre o arrendamento do hospital.

Na hora da votação, os vereadores confundiram as peças, e aprovaram a convocação de Olarte, achando que se tratava do requerimento sobre informações (arrendamento), por isto resolveram voltar atrás.

"Não prestamos atenção, fazemos aqui um mea culpa, porém temos o direito de rever, pois o plenário é soberano, tínhamos um acordo com o líder do prefeito, para só ser enviada as informações, sem necessidade deste (Olarte) vir até aqui prestar esclarecimentos", disse Paulo Siufi (PMDB).

O líder do prefeito, João Rocha (PSDB), também se desculpou pela falta de atenção. "Estou assumindo o fato de não ter percebido que era este requerimento na leitura, foi um erro grave e estou assumindo esta condição", afirmou ele.

Dúvidas - A vereadora Carla Stefanini (PMDB) ressaltou que esta história pode gerar dúvidas em relação a novas votações, já que se abriu um precedente para revisão. "Se for em relação a um projeto, como ficaria? Quais são as consequências deste ato?", questionou.

Paulo Pedra (PDT), que foi contra a revisão do requerimento, criticou a nova votação, já que acredita que a matéria estava vencida, após conquistar apoio unânime do plenário.

Ao término da sessão, o requerimento de Luiza foi rejeitado e o pedido de informações foi retirado da pauta e deve ser transferido para próxima semana.

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