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Política

"Eu não voto na Marina", afirma presidente estadual do PMDB

Ludyney Moura | 16/08/2014 10:42
PMDB de Mochi, Puccinelli e Nelsinho ainda não avaliou apoio a Marina Silva (Foto: Divulgação)
PMDB de Mochi, Puccinelli e Nelsinho ainda não avaliou apoio a Marina Silva (Foto: Divulgação)

A tragédia aérea que vitimou o candidato à Presidência da República e maior nome do PSB nacional, Eduardo Campos, pode estremecer a aliança entre os socialistas e o PMDB em Mato Grosso do Sul, que este ano estão juntos na disputa pelo cargo de governador do Estado. É o que prevê o presidente estadual do PMDB, o deputado estadual Junior Mochi.

Mochi é contra transferir o apoio incondicional da legenda a Campos para sua vice, a ex-senadora Marina Silva. O motivo é a oposição que a candidata tem da classe dos produtores rurais, que em diversas cidades do Estado mantém estreitos vínculos com os peemedebistas.

“Ainda não temos uma decisão partidária. Vamos sentar para discutir isso na próxima semana. Eu, particularmente, não voto na Marina, e não posso apoiar alguém em quem não voto”, declarou Junior Mochi, que justificou sua declaração em razão dos “posicionamentos muito radicais” da vice de Eduardo, em oposição a alguns princípios defendidos pelo agronegócio que, segundo Mochi, são a base econômica do Estado.

Outra liderança importante do PMDB no Estado, o deputado Carlos Marun, é solidário à ideia de Mochi. “Estamos completamente sem saber o que fazer, nós acreditávamos no projeto do Eduardo Campos, que nos convenceu que era a melhor opção para o país, este apoio não será dado de forma automática ao seu substituto, teremos que reavaliar esta situação. Se ela for escolhida, esta questão deve ser melhor trabalhada, com diálogo sobre suas propostas e até uma visita da ex-ministra a Campo Grande”, disse Marun esta semana ao Campo Grande News.

Uma reportagem no jornal O Globo revela que acordos que foram costurados por Eduardo Campos nos Estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Gross também ficaram em xeque com a morte do candidato. Com os sulistas o acordo era com os tucanos Beto Richa (PR) e Paulo Bauer (SC), e com o pedetista Pedro Taques, no Estado vizinho.

Marina Silva disputou as eleições presidenciais em 2010 pelo Partido Verde, e surpreendeu nas urnas ao receber pouco mais de 19% dos votos válidos. Com um discurso de sustentabilidade e contrária a práticas comuns do agronegócio, ela ficou conhecida como inimiga do setor. Algumas posições mais conservadoras da candidata, que é evangélica, também podem influenciar a decisão de manter o palanque para um possível candidatura dela ao Palácio do Planalto.

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