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Política

“Existe precipitação e má vontade com Bernal”, diz deputado Amarildo Cruz

Carlos Martins | 16/04/2013 15:19
Dep. Amarildo Cruz:  "Ainda é prematuro para julgamentos apressados" (Foto: Giuliano Lopes)
Dep. Amarildo Cruz: "Ainda é prematuro para julgamentos apressados" (Foto: Giuliano Lopes)

O prefeito Alcides Bernal (PP) foi alvo de discursos na sessão desta terça-feira na Assembleia: contra e a favor. O deputado petista Amarildo Cruz, por exemplo, rebateu críticas feitas contra o chefe do Executivo. ”Querem que todos os problemas sejam resolvidos. Mas ainda é prematuro para julgamentos apressados. Existe precipitação e má vontade com Bernal”, disse o deputado. Recentemente o Conselho Político do PT decidiu dar um voto de confiança ao prefeito por considerar que três meses é pouco tempo para avaliar a atual administração.

Ao se responder ao deputado Lídio Lopes (PP), que anteriormente afirmara que até agora a única obra feita por Bernal consistiu em trocar de lugar os mastros das bandeiras na prefeitura, Amarildo disse o seguinte: “Dizer que ele investiu em obras apenas R$ 30,6 mil e que foi na troca dos mastros é atentar contra a inteligência da população”, rebateu. “A administração tem problemas, mas qual é a administração que não tem?”, indagou, destacando, a seguir, que existem virtudes nos governo do progressista.

“Várias ações efetivas da administração estão em andamento. Os casos da dengue, por exemplo, que chegaram a 1.500 notificações po dia, caíram no fim de março para cerca 50 casos/dia”. Amarildo disse, ainda, que não existe uma “Bíblia”, que poderia ajudar o gestor a agir desta ou daquela maneira.

Triângulo das Bermudas - Em aparte, o deputado Eduardo Rocha (PMDB) lembrou que o mutirão contra a dengue teve o importante reforço dos agentes comunitários de saúde, que, no entanto, ficaram sem receber gratificações prometidas pelo prefeito. Rocha também se referiu ao episódio envolvendo o líder do prefeito na Câmara, vereador Alex do PT, que envolveria um suposto complô para tirar o prefeito do cargo envolvendo o “Triângulo das Bermudas”, integrado pelo Ministério Público, Tribunal de Contas e Câmara dos Vereadores.

“Gostaria de saber o que o Ministério Público tem a dizer sobre isso. Queremos apenas que o prefeito trabalhe, só isso”, cobrou Eduardo Rocha, que aproveitou para criticar o prefeito por ter demitido diretores de escolas. Amarildo Cruz, por sua vez, respondeu: “E quando foi que o PMDB não fez isso? O gestor tem que nomear pessoas de sua confiança”, disse, ao que Rocha devolveu: “Mas o Bernal não disse que era o novo, que ia fazer diferente?”

Ao tentar justificar que as dificuldades de Bernal passam por não possuir maioria na Câmara, Amarildo ouviu, em aparte de Marquinhos Trad (PMDB): “O governador Zeca do PT chegou ao governo e tinha apenas três deputados na bancada. Em menos de 30 dias ele tinha maioria na Assembleia. O prefeito tem que ser mais humilde para dialogar e ouvir as pessoas”.

Por sua vez, o deputado Márcio Monteiro (PSDB), admitiu que, talvez, Bernal não tenha tido o tempo necessário para implementar realizações. Porém, no momento em que o prefeito passa lançar suspeitas sobre instituições, como o Tribunal de Contas, o chefe do Executivo está seguindo um caminho errado. “Reafirmou que considero levianas as afirmações do prefeito quando coloca sob suspeição instituições públicos, como se elas quisessem armar contra seu governo”, discursou. Já o deputado Zé Teixeira (DEM) adotou um tom conciliatório e sugeriu ao prefeito: “Não tem que ficar entrando em conflito com vereador”.

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