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Política

A cinco meses da eleição, candidaturas seguem em ritmo morno na Capital

Wendell Reis | 07/05/2012 15:42
Puccinelli e Trad estão aproveitando a timidez dos opositores para aglutinar maior número de aliados para a disputa em outubro (Foto: Minamar Junior)
Puccinelli e Trad estão aproveitando a timidez dos opositores para aglutinar maior número de aliados para a disputa em outubro (Foto: Minamar Junior)

O anúncio das pré-candidaturas de antigos aliados do PMDB em Campo Grande, PPS e PSDB, provocaram um alvoroço no início da disputa pela sucessão de Nelson Trad Filho (PMDB) em Campo Grande no início do ano. Alguns peemedebistas analisaram a situação como uma traição e investiram pesado para que os partidos desistissem, mas não conseguiram. O confronto foi formalizado com a saída de secretários dos dois partidos da administração do PMDB em Campo Grande.

Passado o alvoroço inicial, o foco foi direcionado à escolha do candidato do PMDB, que após a disputa entre três candidatos, escolheu o deputado federal Edson Giroto (PMDB) para sucessão de Trad. Após a disputada batalha dentro do PMDB, foi a vez da oposição, que ameaçou lançar candidato único, iniciar uma discussão. Entretanto, a falta de entendimento provocou um racha e a saída do PDT do grupo, deixando a oposição com a candidatura de Vander Loubet (PT) e Alcides Bernal (PP).

Esgotadas as tentativas de aglutinar os antigos aliados, PPS e PSDB, o PMDB partiu para uma nova missão e passou a investir pesado na conquista por alianças. A artilharia tem dado certo e o partido já acumula a maioria do tempo de televisão. Apesar da intensidade como as conversas são feitas, a caçada por alianças é realizada em clima de sigilo. Neste contexto, mesmo com o investimento pesado do PMDB, liderado por André Puccinelli (PMDB), a pré-campanha atravessa um momento de calmaria, com pré-candidatos preferindo esperar o fim do prazo das convenções, no dia 30 de junho.

Pré-candidatos cautelosos - O coordenador de campanha do deputado federal Vander Loubet, deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT), acredita que a campanha está em um ritmo muito acelerado, mas as definições só devem ocorrer no dia 15 de agosto, com as propagandas na televisão. “Ai começa a pegar fogo. Até lá são apenas reuniões para buscar alianças. Mas, nada vai estar fechado até as vésperas do prazo final. Por enquanto é só conversa”.

Biffi destaca a manutenção do bloco da oposição, mesmo com a desistência do PDT. Sobre esta baixa, o deputado revela que o PT já esperava e apenas tentava evitar. Com relação ao programa de governo, Biffi conta que o partido tem uma equipe que está organizando, por setores, os planos do partido para a Capital.

O PPS também pretende disputar a Prefeitura de Campo Grande. O vereador Athayde Nery entende que a disputa está aberta na Capital e, por isso, não fala em alianças no primeiro turno. Nesta segunda-feira, o partido fará um debate online por meio do endereço www.ppsms.org.br. O debate tem por objetivo construir o plano de governo do partido. Para a primeira discussão, Athayde escolheu como tema a “Cultura”.

O pré-candidato do PP, Alcides Bernal, afirma que o partido segue com o pé direito e confia na vitória em outubro. O presidente estadual do PP conta que os pré-candidatos a vereador estão cientes da dificuldade financeira, mas acreditam em um divisor de águas com uma campanha “em favor do voto ético e com propostas concretas”.

Ao ser indagado sobre alianças, Bernal assegura que não quer participar de leilão proposto por alguns partidos que, segundo ele, estão querendo ver quem paga mais ou melhor oferece. Ele pretende finalizar o programa de governo na primeira quinzena de junho, após visitar bairros e ver os anseios da população.

O pré-candidato do PSDB, deputado federal Reinaldo Azambuja, está finalizando as visitas a 120 mil residências da Capital, no chamado “Pensando Campo Grande”. Durante as visitas, os responsáveis pelas pesquisas pediram sugestões sobre o que estava bom ou ruim e solicitaram propostas para resolver os problemas. O deputado entende que ao final do processo, o partido terá um panorama dos problemas de cada bairro, com as necessidades específicas de cada região, podendo dizer que conhece, com profundidade, os problemas da Capital.

O prefeito de Campo Grande e coordenador da Campanha de Giroto, Nelson Trad Filho, fez uma analise sobre o quadro sucessório na Capital. O prefeito acredita que Campo Grande deve ter no máximo cinco candidatos na disputa. Ao falar sobre o plano de governo, o líder do PMDB alfinetou os opositores que criticam a atual administração.

“O que as pessoas têm que entender é que a nossa mudança é a mudança segura. É a mudança onde o que está bom não se mexe, o que precisa melhorar vai ser melhorado e o que tem de desafio vai ser enfrentado. Esta é a mudança que o povo quer”, analisou.

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